2º DOMINGO DA PÁSCOA - DOMINGO DA MISERICÓRDIA DIVINA
Meu Senhor e meu Deus!
Tão perto de nós e não Te vemos:
Meu Senhor e meu Deus!
Se não vir, não acredito:
Meu Senhor e meu Deus!
Tantas vezes vamos pela vida com dúvidas.
"Os crentes eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações". Act 2, 42
SENHOR, FAZ QUE SE NOTE EM NÓS QUE SOMOS DOS TEUS, NA FORMA COMO NOS TRATAMOS, NO QUE PARTILHAMOS, NA FORMA DE VIVER ALEGRE E FRATERNA.
A primeira, de várias vezes em que me encontrei com o Papa João Paulo II, ainda não tinha 16 anos, e guardo até hoje, no coração, algumas das palavras e dos desafios que, nesse dia, ele deixou aos jovens e orientaram a minha vida e as minhas opções até este momento em que me encontro em missão “ad gentes”…
MISSA PARA OS JOVENS
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
Lisboa – Parque Eduardo VII, 14 de Maio de 1982
1. O Reino de Deus está próximo!
Sim! “Dizei a todos: está próximo de vós o Reino de Deus!” (Luc. 10, 9).
Foi com estas palavras que Jesus Cristo, ao enviar em missão os setenta e dois discípulos, lhes recomendou que anunciassem a Mensagem, como acabámos de ouvir no Evangelho de hoje.
Mas estas palavras são dirigidas também aos cristãos de todos os tempos: a nós, portanto, que estamos aqui reunidos em nome do Senhor, em continuidade com os discípulos que as ouviram directamente.
São dirigidas especialmente a vós, jovens, que aqui vos encontrais, esta tarde em tão grande número, cheios de entusiasmo e alegria, manifestando a vossa disponibilidade a Cristo e o vosso desejo de construir um mundo mais humano e cristão. Vós sois depositários desta grande esperança da humanidade, da Igreja e do Papa. Deus deu-me a graça da amar muito os jovens.
(…)
Mas, caros jovens, não basta rezar para que o Senhor desperte vocações. É preciso estar pessoalmente atento ao apelo que Ele quiser dirigir-vos; é preciso que não falte a coragem para responder generosamente a esse chamamento. As comunidades cristãs necessitam de sacerdotes que as alimentem com a Palavra e o Corpo de Cristo, precisam da vida religiosa, que seja sinal de Deus e oblação a Deus em benefício dos irmãos. E vós não desejareis prolongar a presença do Senhor no mundo de hoje, responder aos pequeninos que buscam quem lhes parta o pão e não encontram? (Cfr. Lam. 4, 4)
Falar da evangelização, recordar a tarefa missionária aqui, em Portugal, é evocar um dos aspectos mais positivos da história do vosso país. Daqui saíram tantos missionários, vossos antepassados, que foram levar a Boa Nova da salvação o outros homens. Do Oriente ao Ocidente (Japão, Índia, África, Brasil...); e ainda hoje são visíveis os frutos dessa missionação. E muitos destes missionários eram jovens como vós. Como não lembrar, entre outros, aqui em Lisboa, o exemplo de São João de Brito, jovem lisboeta, que, deixando a vida fácil da corte, partiu para a Índia, a anunciar o evangelho da salvação aos mais pobres e desprotegidos, identificando-se com eles, e selando a sua fidelidade a Cristo e aos irmãos com o testemunho do martírio?
Rapazes e raparigas de Portugal: levantai os olhos e vede “a seara loirejante para a ceifa”, à espera de braços para o “trabalho”.
(…)
8. Cristo Ressuscitado chama os seus discípulos à evangelização, dizendo-lhes: “sereis minhas testemunhas” (Act. 1, 8). Eis a palavra-chave!