Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















domingo, 30 de dezembro de 2018

VATICANO - Vinte e três missionários foram assassinados no mundo em 2017 - Agenzia Fides

VATICANO - Vinte e três missionários foram assassinados no mundo em 2017 - Agenzia Fides: Vaticano (Agência Fides) – Vinte e três missionários foram assassinados em 2017: é o que afirm
"Jesus, Maria e José a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos"

Jesus, Maria e José
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em vós contemplamos

a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.

Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro
que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades quotidianas da vida.

Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.

Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.

Jesus, Maria e José
a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.

Papa Francisco

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Celebramos o Natal em Ano Missionário.
Feliz coincidência, jubilosa graça!
Dizemos, e bem, que somos missão,
a Igreja é missão, a família é missão,
a comunidade é missão,
a vida consagrada é missão.
Missão gerada em Jesus Cristo,
missão assumida no chamamento
para O seguirmos e anunciar,
missão centrada na sua morte e ressurreição.
Nestes últimos dias em que preparamos o Natal,
somos convidados a contemplar a ação
de um Deus que nos ama de tal forma
que envia ao nosso encontro o seu Filho,
a fim de nos conduzir à comunhão com Ele.
O nosso sim só pode ser de obediência
e disponibilidade, de adoração e contemplação.
Tudo tem o seu início na manjedoura
onde está o Menino Jesus com Maria e José,
qual revolução da ternura amorosa
de Deus para connosco.
Aí se inicia a missão.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua simplicidade e ternura…
e sejamos missão de modo terno e simples,
compassivo e amoroso,
a começar pelos que estão na nossa casa.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua pequenez e humildade…
e sejamos missão em atitude humilde, aberta
e atenta a quem vamos encontrando
e procurando nos caminhos da vida.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua beleza e bondade…
e sejamos missão de modo igualmente belo,
vivo, encantador e fecundo
para com todos aqueles e aquelas
a quem nos doamos.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua pobreza e nudez…
e sejamos missão de modo sóbrio, pobre
e despojado face às gritantes situações
de desperdício, esbanjamento e mau uso dos bens,
procurando cuidar melhor da nossa casa comum.
Contemplemos o Menino Jesus
no seu rosto radiante de Amor…
e sejamos missão vivendo e anunciando a riqueza
do Amor de Deus encarnado neste Menino,
o Filho de Deus que adoramos.
É quase Natal, o de ontem, de hoje e de sempre,
permanente convite a contemplar
o mistério que acontece perante o nascer da vida.
Contemplação também do rosto do pobre
em Jesus encarnado
e em tantos seres humanos desencarnados.
Estes olhares contemplativos
em concreta ação nunca são facultativos.
São sempre de obrigação, a tal que nos vem da fé
e do acolhimento da Boa Nova,
que envolve atenções, visitações e permanências
junto do pobre, seja ele qual for,
porque sempre rosto de Cristo.
Ai de nós se não contemplarmos!
Que a contemplação do Amor de Deus
em tempo de Natal nos faça contemplar
os próximos com todo o nosso ser e agir.
À semelhança de Maria, procuremos ser
sempre anunciadores de boas novas,
sempre denunciadores de situações
de bradar aos céus e gritar nas terras,
sempre visitadores de pessoas
que exigem o nosso estar e permanecer.
Sejamos cristãos missionários,
levados pelo exemplo de Maria:
apressados no nosso caminhar, concretizando
o mistério profético da visitação do próximo.
Que algo faça mexer e estremecer em nós:
as palavras que nos foram ditas
da parte do Senhor, procurando levá-las
aos irmãos que vivem sem esperança.
Sejamos cristãos missionários,
começando sempre por saborear o nascer de Deus
nos nossos corações e no coração do mundo,
das nossas famílias e comunidades.
É a partir daqui que somos missão,
que somos discípulos missionários de Jesus.
Deixemos que Jesus nasça no nosso coração,
o melhor presépio do mundo,
aderindo a Ele com tudo o que somos,
dando tempo e carinho a quem vive sozinho,
ou está doente, ou é descartado
da sociedade em que existimos,
em gestos de entreajuda e partilha
com quem mais precisa da nossa presença e apoio.
Nestas atitudes tudo somos e temos!
Vivamos um Santo Natal,
fecundado pela ternura de Deus
encarnada no seu Filho Jesus Cristo!
Santo Natal, feliz Missão!
Padre Manuel Barbosa, SCJ
(Secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa

Para todas as pessoas do mundo, disponíveis para acolher o Deus - Amor que se quer fazer presente nas nossas vidas, SANTO NATAL! 
Aceitemos partilhar a sua Missão e incluir nela todos aqueles com quem vivemos…FELIZ 2019!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Jesuítas em Portugal
7 h
3 Dez | Dia de SÃO FRANCISCO XAVIER
- Padroeiro das Missões
"De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?". Foi esta frase de Inácio de Loyola que mudou a vida de Francisco de Xavier, na altura um estudante em Paris, ainda preocupado com as honras do mundo e com o desejo de ser um bom atleta.
Os dois colegas que partilhavam o quarto no Colégio de Santa Bárbara ainda andavam pouco sintonizados em relação à sua missão, que mais tarde daria origem à Companhia de Jesus, mas consta que foi com esta questão que Inácio convenceu Francisco.
Nascido em 1506 numa família aristocrata, envolta em guerras e disputas, acabou por ser enviado pela mãe para Paris para estudar filosofia, literatura e humanidades. É aí que conhece Inácio de Loyola e os outros companheiros com que fez votos de pobreza e castidade na capela de Montmartre.
Já com o aval papal à Companhia, e a pedido do rei português D. João III, foi enviado para as terras que estavam a ser descobertas pelos portugueses no Oriente, com a missão específica de lhes levar a fé cristã. Torna-se assim o primeiro jesuíta na Índia e mais tarde no Japão, onde chegou em 1549.
Morreu em 1552, às portas da China onde desejava chegar, e foi canonizado em 1622.
A entrega até ao fim na sua missão fez dele o patrono das missões

domingo, 18 de novembro de 2018

II Dia Mundial dos Pobres

Disse o Papa Francisco na homilia de hoje: "Perante a dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados ou então abanam-se os braços, impotentes diante da força obscura do mal. Mas o cristão não pode ficar de braços cruzados, indiferente, nem de braços a abanar, fatalista! Não... O crente estende a mão, como Jesus faz com ele. Junto de Deus, o grito dos pobres encontra guarida, mas em nós? Temos olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos estendidas para ajudar? «Nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos seus discípulos» (Ibid., 88). Pede-nos para O reconhecermos em quem tem fome e sede, é forasteiro e está privado de dignidade, doente e encarcerado (cf. Mt 25, 35-36)." Em Dia dos Seminários, dai-nos Pastores de coração sensível ao clamor dos pobres.


https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-11/integra-homilia-papa-dia-mundial-pobres.html?fbclid=IwAR122GjG2EKSZ8Wz9vHif4WkbURkVsap70f7Io_kK0LiMP09o5hluKefiEY




Hoje celebra-se o II Dia Mundial dos Pobres. Que saibamos ir ao seu encontro, numa atitude de entrega e desprendimento, não os esquecendo também na nossa oração.

#DiaMundialdosPobres #PapaFrancisco #oração


http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/papafrancesco_20180613_messaggio-ii-giornatamondiale-poveri-2018.html 

sábado, 10 de novembro de 2018


Portugal: A vocação ao sacerdócio na semana dos Seminários

Portugal: A vocação ao sacerdócio na semana dos Seminários: Lisboa, 11 out 2018 (Ecclesia) – A edição deste ano da Semana dos Seminários, que vai decorrer entre 11 e 18 de novembro, sublinha a importância de envolver cada vez mais as “famílias e paróquias” na formação dos futuros sacerdotes.

Numa mensagem dedicada a esta iniciativa, envi

domingo, 28 de outubro de 2018






Carta dos Padres Sinodais aos jovens do mundo inteiro
A Igreja e o mundo precisam urgentemente do entusiasmo dos jovens. "Sejam companheiros de estrada dos mais frágeis, dos pobres, dos feridos pela vida. Vocês são o presente, sejam o futuro mais luminoso", exortam os Padres Sinodais na Carta a eles endereçada, cujo texto integral publicamo a seguir.
Cidade do Vaticano
Ao término da Missa de encerramento da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada aos jovens, presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo (28/10) na Basílica de São Pedro, antes da bênção final o secretário geral do Sínodo, cardeal Lorenzo Baldisseri, leu a carta dos Padres Sinodais aos jovens, a qual publicamos a seguir na íntegra:
XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos
Carta dos Padres Sinodais aos jovens
A vocês, jovens do mundo, nós Padres Sinodais nos dirigimos com uma palavra de esperança, confiança e consolação. Nestes dias, nos reunimos para escutar a voz de Jesus, “o Cristo, eternamente jovem”, e reconhecer Nele as vozes dos jovens e seus gritos de exultação, lamentos e silêncios.
Sabemos de suas buscas interiores, das alegrias e das esperanças, das dores e angústias que fazem parte de sua inquietude. Agora, queremos que vocês escutem uma palavra nossa: desejamos ser colaboradores de sua alegria para que suas expectativas se transformem em ideais. Temos certeza de que com sua vontade de viver, vocês estão prontos a se empenhar para que seus sonhos tomem forma em sua existência e na história humana.
Que nossas fraquezas não os desanimem, que as fragilidades e pecados não sejam um obstáculo à sua confiança. A Igreja é sua mãe, não abandona vocês, está pronta para acompanhá-los em novos caminhos, nas sendas mais altas onde o vento do Espírito sopra mais forte, varrendo as névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo.
Quando o mundo, que Deus tanto amou a ponto de lhe doar seu Filho Jesus, é subordinado às coisas, ao sucesso imediato e ao prazer, pisoteando os mais fracos, ajudem-no a se reerguer e a dirigir seu olhar ao amor, à beleza, à verdade e à justiça.
Por um mês, nós caminhamos juntos, com alguns de vocês e muitos outros unidos a nós com a oração e o carinho. Desejamos continuar o caminho em todas as partes da terra onde o Senhor Jesus nos envia como discípulos missionários.
A Igreja e o mundo precisam urgentemente de seu entusiasmo. Sejam companheiros de estrada dos mais frágeis, dos pobres, dos feridos pela vida.
Vocês são o presente, sejam o futuro mais luminoso.
28 de outubro de 2018




Sínodo sobre os Jovens: o que diz o Documento Final
Três partes, 12 capítulos, 167 parágrafos, 60 páginas: assim se apresenta o documento final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o tema "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". O texto foi aprovado na tarde de 27 de outubro na Sala do Sínodo. O documento foi entregue nas mãos do Papa, que então autorizou a sua publicação.
Paolo Ondarza e Isabella Piro - Cidade do Vaticano
É o episódio dos discípulos de Emaús, narrado pelo evangelista Lucas, o fio condutor do Documento Final do Sínodo dos Jovens. Lido na Sala alternando vozes do relator geral, cardeal Sérgio da Rocha, e os secretários Especiais, padre Giacomo Costa e padre Rossano Sala, juntamente com Dom Bruno Forte, membro da Comissão para a Redação do texto, o documento é complementar ao Instrumentum laboris do Sínodo, do qual toma a subdivisão em três partes.
Acolhido com aplausos, o texto - disse o cardeal Sérgio Da Rocha - é "o resultado de um verdadeiro trabalho de equipe" dos Padres Sinodais, juntamente com os outros participantes no Sínodo e "em modo particular os jovens." O Documento, portanto, recolhe as 364 formas, ou emendas, apresentadas. "A maior parte delas - acrescentou o Relator geral - foi precisa e construtiva". Todos os parágrafos do texto foram aprovados com pelo menos dois terços dos votos.
"Caminhava com eles"
 Em primeiro lugar, portanto, o Documento Final do Sínodo olha para o contexto em que vivem os jovens, destacando os pontos de força e desafios. Tudo parte de uma escuta empática que, com humildade, paciência e disponibilidade, permite de dialogar realmente com os jovens, evitando "respostas pré-concebidas e receitas prontas". Os jovens, de fato, querem ser "ouvidos, reconhecidos, acompanhados" e querem que sua voz seja "considerada interessante e útil no campo social e eclesial". A Igreja nem sempre teve essa atitude, reconhece o Sínodo: muitas vezes sacerdotes e bispos, sobrecarregados por muitos compromissos, lutam para encontrar tempo para o serviço da escuta. Daí a necessidade de preparar adequadamente também leigos, homens e mulheres, capazes de acompanhar as jovens gerações. Diante de fenômenos como a globalização e a secularização, além disso,  os jovens movem-se em direção a uma redescoberta de Deus e da espiritualidade e isso deve ser um estímulo para a Igreja, para recuperar a importância do dinamismo da fé.
A escola e a paróquia
 Outra resposta da Igreja às questões dos jovens vem do setor educacional: as escolas, as universidades, as faculdades, os oratórios, permitem uma formação integral dos jovens, oferecendo ao mesmo tempo um testemunho evangélico de promoção humana.
Em um mundo onde tudo está conectado - família, trabalho, tecnologia, defesa do embrião e do migrante - os bispos definem como insubstituível o papel desempenhado pelas escolas e universidades onde os jovens passam muito tempo. As instituições educacionais católicas, em particular, são chamadas a enfrentar a relação entre a fé e as demandas do mundo contemporâneo, as diferentes perspectivas antropológicas, os desafios técnico-científicos, as mudanças nos costumes sociais e o compromisso com a justiça. Também a paróquia tem o seu papel: "Igreja no território", é preciso um repensar na sua vocação missionária, pois muitas vezes resulta pouco significativa e pouco dinâmica, especialmente na área da catequese.
Migrantes, um paradigma do nosso tempo
 O documento sinodal se concentra então no tema dos migrantes, "paradigma do nosso tempo",  como um fenômeno estrutural, e não uma emergência transitória. Muitos migrantes são jovens ou menores desacompanhados, fugindo da guerra, violências, perseguição política ou religiosa, desastres naturais, pobreza e acabam se tornando vítimas de tráfico, drogas, abusos psicológicos e físicos. A preocupação da Igreja é acima de tudo em relação a eles - diz o Sínodo – na ótica de uma autêntica promoção humana que passa pela acolhida de refugiados, e seja ponto de referência para tantos jovens separados de suas famílias de origem. Mas não só: os migrantes - recorda o Documento - são também uma oportunidade de enriquecimento para as comunidades e sociedades em que chegam e que podem ser revitalizados por eles. Ressoam, portanto, os verbos sinodais "acolher, proteger, promover, integrar" indicados pelo Papa Francisco para uma cultura que supere a desconfiança e o medo. Os bispos também pedem mais empenho em garantir àqueles que não desejam migrar, o direito de permanecer em seu próprio país. A atenção do Sínodo também se dirige àquelas Igrejas ameaçadas em sua existência, pela emigração forçada e pelas perseguições sofridas pelos fiéis.
Firme compromisso contra todo tipo de abuso. Dizer a verdade e pedir perdão
 Bastante ampla, também, a reflexão sobre os "diversos tipos de abuso" (de poder, econômicos, de consciência, sexuais) feitos por alguns bispos, sacerdotes, religiosos e leigos: nas vítimas – lê-se no texto – eles provocam sofrimentos que "podem ​​durar toda a vida e aos quais nenhum arrependimento pode colocar remédio".
Daí o apelo do Sínodo ao "firme compromisso com a adoção de rigorosas medidas de prevenção que impeçam o repetir-se, a partir da seleção e da formação daqueles a quem serão confiadas tarefas de responsabilidades e educativas". Por conseguinte, será necessário extirpar as formas - como a corrupção e o clericalismo – sob as quais estes tipos de abusos estão enraizados, contrastando também a falta de responsabilidade e transparência com que muitos casos foram geridos. Ao mesmo tempo, o Sínodo se diz agradecido a todos aqueles que "têm a coragem de denunciar o mal sofrido", porque ajudam a Igreja a "tomar consciência do que aconteceu e da necessidade de reagir com decisão". "A misericórdia, de fato, exige a justiça". Mas não devem porém ser esquecidos os numerosos leigos, sacerdotes, pessoas consagradas e bispos que a cada dia se dedicam, com honestidade, a serviço dos jovens, os quais podem verdadeiramente oferecer "uma ajuda preciosa" para uma "reforma de dimensão epocal" nesta área.
A Família "Igreja Doméstica"
 Outros temas presentes no Documento dizem respeito à família, principal ponto de referência para os jovens, primeira comunidade de fé, "Igreja doméstica": o Sínodo chama a atenção, em particular, ao papel dos avós na educação religiosa e na transmissão da fé, e alerta para o enfraquecimento da figura paterna e  para aqueles adultos que assumem estilos de vida "juvenis". Além da família, para os jovens, a amizade com os colegas é muito importante, pois permite a partilha da fé e a ajuda recíproca no testemunho.
Promoção de justiça contra "cultura de desperdício"
 O Sínodo concentra-se também em algumas formas de vulnerabilidade vividas pelos jovens em vários setores: no trabalho, onde o desemprego torna as jovens gerações pobres, minando a sua capacidade de sonhar; as perseguições até a morte; a exclusão social por motivos religiosos, étnicos ou econômicos; as deficiências. Diante dessa "cultura de descarte", a Igreja deve lançar um apelo à conversão e à solidariedade, tornando-se uma alternativa concreta às situações de dificuldade. Na frente oposta, não faltam áreas onde o comprometimento dos jovens consegue se expressar com originalidade e especificidade: por exemplo, o voluntariado, a atenção às questões ecológicas, o compromisso na política com a construção do bem comum, a promoção da justiça, pela qual os jovens pedem à Igreja "um compromisso firme e coerente".
Arte, música e esporte, "recursos pastorais"
 Também o mundo do esporte e da música oferece aos jovens a possibilidade de expressarem-se da melhor forma: no primeiro caso, a Igreja convida a não subestimar a potencialidade educacional, formativa e inclusiva da atividade esportiva; no caso da música, por outro lado, o Sínodo fala sobre sobre seu “ser recurso pastoral" que interpela também a uma renovação litúrgica, porque os jovens têm o desejo de uma "liturgia viva", autêntica, alegre, momento de encontro com Deus e com o comunidade.
Os jovens apreciam celebrações autênticas em que a beleza dos sinais, o cuidado da pregação e o envolvimento da comunidade falem realmente de Deus": portanto, precisam ser ajudados a descobrir o valor da adoração eucarística e a compreender que" a liturgia não é puramente expressão de si mesma, mas ação de Cristo e da Igreja".
As jovens gerações, ademais, querem ser protagonistas da vida eclesial, colocando seus talentos e assumindo responsabilidades. sujeitos ativos da ação pastoral, eles são o presente da Igreja, devem ser encorajados a participar na vida eclesial, e não impedidos com autoritarismo. Em uma Igreja capaz de dialogar de uma forma menos paternalista e mais sincera, de fato, os jovens sabem ser muito ativos na evangelização de seus coetâneos, exercendo um verdadeiro apostolado, que deve ser apoiado e integrado na vida da comunidade.
"Seus olhos se abriram"
 Deus fala à Igreja e ao mundo por meio dos jovens, que são um dos "lugares teológicos" onde o Senhor está presente. Portadora de uma santa inquietude que a torna dinâmica – lê-se na segunda parte do Documento – a juventude pode estar "mais à frente dos pastores" e isso deve ser acolhida, respeitada, acompanhada. Graças a ela, de fato, a Igreja pode se renovar, sacudindo "o peso e a lentidão". Assim, o chamado do Sínodo para o modelo de "Jesus jovem entre os jovens" e ao testemunho dos santos, entre os quais estão muitos jovens, profetas da mudança.
Missão e vocação
 Outra "bússola segura" para a juventude é a missão, dom de si que leva a uma felicidade verdadeira e duradoura: Jesus, de fato, não tira a liberdade, mas a liberta, porque a verdadeira liberdade só é possível em relação à verdade e à caridade. Intimamente relacionado com o conceito de missão, está aquele da vocação: cada vida é vocação em relação com Deus, não é fruto do acaso ou um bem privado para gerir por conta própria - afirma o Sínodo - e cada vocação batismal é um chamado para todos para a santidade. Para isso, cada um deve viver a própria vocação específica em cada área: a profissão, a família, a vida consagrada, o ministério ordenado e o diaconato permanente, que representa um "recurso" a ser ainda desenvolvido mais plenamente.
O acompanhamento
 Acompanhar é uma missão para a Igreja a ser realizada em um nível pessoal e de grupo: em um mundo "caracterizado por um pluralismo sempre mais evidente e por uma disponibilidade de opções cada vez mais ampla," buscar junto com os jovens um percurso voltado a fazer escolhas definitivas é um serviço necessário. Os destinatários são todos os jovens: seminaristas, sacerdotes ou religiosos em formação, noivos e recém-casados ​​envolvidos. A comunidade eclesial é um lugar de relações e contexto em que na celebração eucarística se é tocados, instruídos e curados pelo próprio Jesus. O Documento Final enfatiza a importância do Sacramento da Reconciliação na vida de fé e encoraja os pais, professores, lideranças, animadores, sacerdotes e educadores a ajudar os jovens, por meio da da Doutrina Social da Igreja, a assumir responsabilidades no âmbito profissional e sócio-político. O desafio em sociedades cada vez mais interculturais e plurirreligiosas, é indicar na relação com a diversidade uma oportunidade para a comunhão fraterna e o enriquecimento mútuo.
Não a moralismos e falsas indulgências, sim à correção fraterna
 O Sínodo, portanto, promove um acompanhamento integral centrado na oração e no trabalho interior que valorize também a contribuição da psicologia e da psicoterapia, quando abertas à transcendência. "O celibato pelo Reino" – é a recomendação - deve ser entendido como um "dom a ser reconhecido e verificado na liberdade, alegria, gratuidade e humildade", antes da escolha definitiva. Que se invista e aposte em acompanhadores de qualidade: pessoas equilibradas, de escuta, fé, oração, que tenham se deparado com as próprias fraquezas e fragilidades, e sejam por isto acolhedoras "sem moralismos e falsas indulgências", sabendo corrigir fraternalmente, longe de comportamentos possessivos e manipuladores. "Esse profundo respeito – lê-se o texto - será a melhor garantia contra os riscos de plágio e abusos de qualquer tipos".
A arte de discernir
 "A Igreja é o ambiente para discernir e a consciência – escrevem os Padres sinodais - é o lugar onde se colhe o fruto do encontro e da comunhão com Cristo": o discernimento, por meio de "um regular confronto com um diretor espiritual", apresenta-se portanto como o sincero trabalho de consciência", "pode ser entendido somente como autêntica forma de oração” e “requer a coragem de empenhar-se na luta espiritual". Banco de prova das decisões assumidas é a vida fraterna e o serviço aos pobres. De fato, os jovens são sensíveis à dimensão da diakonia.
“Partiram sem demora"
 Maria Madalena, primeira discípula missionária, curada das feridas, testemunha da Ressurreição é o ícone de uma Igreja jovem. Dificuldades e fragilidades dos jovens "nos ajudam a ser melhores, seus questionamentos – lê-se - nos desafiam, as críticas nos são necessárias porque muitas vezes através deles a voz do Senhor nos pede conversão e renovação". Todos os jovens, mesmo aqueles com diferentes visões de vida, nenhum excluído, estão no coração de Deus. Os Padres ressaltam o dinamismo construtivo da sinodalidade, ou seja, o caminhar juntos: o final da Assembleia e o Documento final são apenas uma etapa porque as condições concretas e as necessidades urgentes são diferentes entre países e continentes. Daí o convite às Conferências Episcopais e às Igrejas particulares para prosseguir no processo de discernimento com o objetivo de elaborar soluções pastorais específicas.
Sinodalidade, estilo missionário
 "Sinodal" é um estilo para a missão que exorta a passar do “eu” ao “nós” e a considerar a multiplicidade de rostos, sensibilidades, origens e culturas diferentes. Neste horizonte são valorizados os carismas que o Espírito dá a todos, evitando o clericalismo que exclui muitos dos processos de decisão e a clericalização dos leigos, que freia o ímpeto missionário.
Que a autoridade – são os votos - seja vivida a partir de uma perspectiva de serviço. Sinodal seja também a abordagem ao diálogo inter-religioso e ecumênico destinado ao conhecimento recíproco e à superação de preconceitos e estereótipos, e a renovação da vida comunitária e paroquial, para que encurte as distâncias jovens-igreja e mostre a íntima conexão entre fé e experiência concreta de vida. Formalizado o pedido diversas vezes feito na Aula para instituir, em nível de Conferências Episcopais, um "Diretório de pastoral da juventude em chave vocacional”, que possa ajudar os responsáveis diocesanos e os agentes locais a qualificar a sua educação e ação com e para os jovens", contribuindo  a superar uma certa fragmentação da pastoral da Igreja. Reiterada ainda a importância da JMJ, bem como a dos centros da juventude e oratórios, que precisam no entanto ser repensados.
O desafio digital
 Há alguns desafios urgentes que a Igreja é chamada a enfrentar. O Documento Final do Sínodo aborda a missão no ambiente digital: parte integrante da realidade cotidiana dos jovens, "praça" em que eles passam muito tempo e se encontram facilmente, um lugar irrenunciável para alcançar e envolver os jovens também nas atividades pastorais, a web apresenta luzes e sombras.
Se por um lado permite o acesso à informação, ativa a participação sociopolítica e a cidadania ativa, por outro apresenta um lado obscuro - a assim chamada dark web - em que se encontram a solidão, a manipulação, a exploração, a violência, cyberbullying, pornografia. Daí o convite do Sínodo para habitar o mundo digital, promovendo o seu potencial comunicativo em vista do anúncio cristão e a "impregnar" de Evangelho as suas culturas e dinâmicas.
Faz-se votos de que sejam criados Escritórios e organismos para a cultura e a evangelização digital que, além de “favorecer a troca e e a disseminação de boas práticas, possam gerenciar sistemas de certificação de sites católicos, para conter a disseminação de notícias falsas (fake news) sobre a Igreja", emblema de uma cultura que "perdeu o sentido da verdade", encorajando a promoção de "políticas e instrumentos para a proteção dos menores na web".
Corpo, sexualidade e carinho
 Então, o Documento enfoca o tema do corpo, da afetividade, da sexualidade: diante de desenvolvimentos científicos que levantam questionamentos éticas, de fenômenos como a pornografia digital, o turismo sexual, a promiscuidade, exibicionismo online, o Sínodo recorda às famílias e às comunidades cristãs da importância de fazer descobrir aos jovens que a sexualidade é um dom. Muitas vezes a moral sexual da Igreja é percebida como "um espaço de juízo e condenação", enquanto os jovens buscam "uma palavra clara, humana e empática" e "expressam um explícito desejo de confronto sobre as questões relativas à diferença entre identidade masculina e feminina, à reciprocidade entre homens e mulheres, à homossexualidade".
Os bispos reconhecem a dificuldade da Igreja em transmitir no atual contexto cultural "a beleza da visão cristã da corporeidade e da sexualidade": é urgente buscar "modalidades mais adequadas, que se traduzam concretamente na elaboração de caminhos formativos renovados". "É preciso propor aos jovens uma antropologia da afetividade e da sexualidade capaz de dar o justo valor à castidade" para o crescimento da pessoa, “em todos os estados de vida". Nesse sentido, é pedido que se preste atenção à formação de agentes pastorais que sejam críveis e maduros do ponto de vista afetivo-sexual.
O Sínodo constata ademais a existência de "questões relativas ao corpo, à afetividade e à sexualidade que necessitam de uma elaboração antropológica, teológica e pastoral mais aprofundada, a ser realizada nas modalidades e níveis mais convenientes, daqueles locais aos mais universais.  Entre estes emergem aqueles relacionados à diferença e harmonia entre identidade masculina e feminina e às inclinações sexuais".
"Deus ama cada pessoa pessoas e assim faz a Igreja renovando seu compromisso contra qualquer discriminação e violência com base sexual". Da mesma forma - prossegue o Documento - o Sínodo "reafirma a determinante relevância antropológica da diferença e reciprocidade homem-mulher e considera redutivo definir a identidade das pessoas com base unicamente na sua orientação sexual".
Ao mesmo tempo, recomenda-se "favorecer" os "caminhos de acompanhamento na fé, já existentes em muitas comunidades cristãs", de "pessoas homossexuais". Nestes caminhos as pessoas são ajudadas a ler sua própria história; a aderir livremente e responsavelmente ao próprio chamado batismal; a reconhecer o desejo de pertencer e contribuir para a vida da comunidade; a discernir as melhores formas para que isso se realize. Desta forma, se ajuda a cada jovem, nenhum excluído, a integrar cada vez mais a dimensão sexual na própria personalidade, crescendo na qualidade das relações e caminhando para o dom de si".
Acompanhamento vocacional
 Entre outros desafios apontados pelo Sínodo, encontra-se também a questão econômica: o convite dos Padres é o de investir tempo e recursos nos jovens com a proposta de oferecer a eles um período para o amadurecimento da vida cristã adulta, que "deveria prever uma separação prolongada de ambientes e relações habituais".
Além disso, enquanto se faz votos de um acompanhamento antes e depois do casamento, se encoraja a criação de equipes educativas, que incluam figuras femininas e casais cristãos, para a formação de seminaristas e consagrados, também com o objetivo de superar tendências ao clericalismo. Atenção especial é pedida à acolhida dos candidatos ao sacerdócio, que às vezes ocorre "sem um conhecimento adequado e uma releitura aprofundada da própria história": "a instabilidade relacional e afetiva, e a falta de raízes eclesiais são sinais perigosos. Negligenciando a normativa eclesial a este respeito – escrevem os Padres sinodais - constitui um comportamento irresponsável, que pode ter consequências muito graves para a comunidade cristã".
Chamado à santidade
 "As diversidades vocacionais - conclui o Documento Final do Sínodo sobre os jovens – inserem-se no único e universal chamado à santidade. Infelizmente o mundo está indignado com os abusos de algumas pessoas da Igreja, antes que animados pela santidade de seus membros”. Por isso a Igreja é chamada a "uma mudança de perspectiva": por meio da santidade de tantos jovens dispostos a renunciar à vida em meio a perseguições para permanecerem fiéis ao Evangelho, pode renovar seu ardor espiritual e seu vigor apostólico.
O dom do Papa aos participantes do Sínodo
 Por fim, como recordação do Sínodo dos Jovens, o Santo Padre deu a todos os participantes um painel de bronze em baixo-relevo, representando Jesus e o jovem discípulo amado. É uma obra do artista italiano Gino Giannetti, cunhada pela Casa da Moeda do Estado da Cidade do Vaticano, emitida em apenas 460 exemplares.