Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013



AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE BENTO XVI EM LÍNGUA PORTUGUESA...

 Queridos irmãos e irmãs,

 No dia dezanove de Abril de dois mil e cinco, quando abracei o ministério petrino, disse ao Senhor: «É um peso grande que colocais aos meus ombros! Mas, se mo pedis, confiado na vossa palavra, lançarei as redes, seguro de que me guiareis». E, nestes quase oito anos, sempre senti que, na barca, está o Senhor; e sempre soube que a barca da Igreja não é minha, não é nossa, mas do Senhor. Entretanto não é só a Deus que quero agradecer neste momento. Um Papa não está sozinho na condução da barca de Pedro, embora lhe caiba a primeira responsabilidade; e o Senhor colocou ao meu lado muitas pessoas que me ajudaram e sustentaram. Porém, sentindo que as minhas forças tinham diminuído, pedi a Deus com insistência que me iluminasse com a sua luz para tomar a decisão mais justa, não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. Dei este passo com plena consciência da sua gravidade e inovação, mas com uma profunda serenidade de espírito.

* * *
Amados peregrinos de língua portuguesa, agradeço-vos o respeito e a compreensão com que acolhestes a minha decisão. Continuarei a acompanhar o caminho da Igreja, na oração e na reflexão, com a mesma dedicação ao Senhor e à sua Esposa que vivi até agora e quero viver sempre. Peço que vos recordeis de mim diante de Deus e sobretudo que rezeis pelos Cardeais chamados a escolher o novo Sucessor do Apóstolo Pedro. Confio-vos ao Senhor, e a todos concedo a Bênção Apostólica.

 

 



HUMILDADE: A ENCÍCLICA DE BENTO XVI NA HORA DA DESPEDIDA

Bento XVI não publicará a encíclica sobre a fé – embora em fase avançada – que devia apresentar na primavera. Já não tem tempo. E nenhum sucessor é obrigado a retomar uma encíclica incompleta do próprio predecessor. Mas existe outra encíclica de Bento XVI, escondida no seu coração, uma encíclica não escrita. Ou melhor, escrita não pela sua pena mas pelo gesto do seu pontificado. Esta encíclica não é um texto, mas uma realidade: a humildade.

A 19 de abril de 2005 um homem que pertence à raça das águias intelectuais, temido pelos seus adversários, admirado pelos seus estudantes, respeitado por todos devido à acutilância das suas análises sobre a Igreja e o mundo, apresenta-se, recém-eleito Papa, como um cordeiro levado para o sacrifício. Utilizará até a terrível palavra «guilhotina» para descrever o sentimento que o invadiu no momento em que os seus irmãos cardeais, na Capela Sistina, ainda fechada para o mundo, se viraram para ele, eleito entre todos, para o aplaudir. Nas imagens da época, a sua figura curvada e o seu rosto surpreendido testemunham-no.

Depois teve que aprender o mister de Papa. Extirpou, como raízes arraigadas sob o húmus da terra, o eterno tímido, lúcido na mente mas desajeitado no corpo, para o projetar perante o mundo. Foi um choque para ambas as partes. Não conseguia assumir a desenvoltura do saudoso João Paulo II. O mundo compreendia mal aquele Papa sem efeito. Bento XVI nem teve os cem dias de «estado de graça» que se atribuem aos presidentes profanos. Teve, sem dúvida, a graça divina, fina mas pouco mundana. Contudo teve, ainda e sempre, a humildade de aprender sob os olhares de todos.

Foram sete anos terríveis de pontificado. Nunca um Papa teve, num certo sentido, tão pouco «sucesso». Passou de polêmica em polêmica: crise com o Islã depois do seu discurso de Ratisbona, onde evocou a violência religiosa; deformação das suas palavras sobre a Aids durante a primeira viagem à África, que suscitou um protesto mundial; vergonha sofrida pelo explodir da questão dos sacerdotes pedófilos, por ele enfrentada; o caso Williamson, onde o seu gesto de generosidade em relação aos quatro bispos ordenados por D. Lefebvre (o Papa revogou as excomunhões) se transformou numa reprovação mundial contra Bento XVI, porque não tinha sido informado sobre os discursos negacionistas da Shoah feitos por um deles; incompreensões e dificuldades de pôr em ação o seu desejo de transparência quanto às finanças do Vaticano; traição de uma parte do seu grupo mais próximo no caso Vatileaks, com o seu mordomo que subtraiu cartas confidenciais para as publicar...

Não teve nem sequer um ano de trégua. Nada lhe foi poupado. Às violentas provações físicas do pontificado de João Paulo II, ao atentado e ao mal de Parkinson, parecem corresponder as provações morais de rara violência desta litania de contradições sofrida por Bento XVI.

Ao renunciar, o Papa eclipsa-se. À própria imagem do seu pontificado. Mas só Deus conhece o poder e a fecundidade da humildade.

Jean-Marie Guénois

 Na revista francesa Le Figaro,

 15 e 16/02/2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Parabéns à Lúcia, à Jacinta e ao Francisco, os "nossos" Pastorinhos!

Caros amigos,
Neste tempo da Quaresma que é convite à oração, lembro que hoje os “nossos Pastorinhos” (Lúcia, Jacinta e Francisco), da Calheta de S. Miguel – Cabo Verde, fazem dois anos de idade.

 Nes dia tão especial nta pide DEUS pe abençoa e pe dau um vida cheio de paz amor e saúde. Parabens felicidades e que es dia li repite sempre.
 

 Rezemos por eles, desejando que tudo de bom lhes aconteça.


 


Nota: o ano passado tivemos uma bela reportagem fotográfica e este ano? será que vamos ter alguma notícia do acontecimento???

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


PAPA BENTO XVI – Audiência Geral - Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2013
 
Queridos irmãos e irmãs,
Como sabeis, decidi… – obrigado pela vossa amizade! – decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou no dia 19 de Abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem ciente da gravidade de tal acto mas igualmente ciente de já não ser capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua solicitude. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. Obrigado! Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força da oração que me proporciona o amor da Igreja, a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor vos guiará.

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Estes quarenta dias de penitência nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo então tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas. Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: O que é que verdadeiramente conta na minha vida? Que lugar tem Deus na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu? De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para os nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus. Jesus se sujeitou às nossas tentações a fim de vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus. Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em primeiro lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja a orientação concreta da nossa vida.



Crer na caridade suscita caridade
«Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16)

Queridos irmãos e irmãs!

A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da acção do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.
(...)

1. A fé como resposta ao amor de Deus
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade.
(...)

2. A caridade como vida na fé

Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o «sim» da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20).
(...)

3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade
À luz de quanto foi dito, torna-se claro que nunca podemos separar e menos ainda contrapor fé e caridade(...)
é importante recordar, ao invés, que a maior obra de caridade é precisamente a evangelização, ou seja, o «serviço da Palavra». Não há acção mais benéfica e, por conseguinte, caritativa com o próximo do que repartir-lhe o pão da Palavra de Deus, fazê-lo participante da Boa Nova do Evangelho, introduzi-lo no relacionamento com Deus: a evangelização é a promoção mais alta e integral da pessoa humana. Como escreveu o Servo de Deus Papa Paulo VI, na Encíclica Populorum progressio, o anúncio de Cristo é o primeiro e principal factor de desenvolvimento (cf. n. 16). A verdade primordial do amor de Deus por nós, vivida e anunciada, é que abre a nossa existência ao acolhimento deste amor e torna possível o desenvolvimento integral da humanidade e de cada homem (cf. Enc. Caritas in veritate, 8).
 

http://menorodrigues.blogspot.pt/p/videos-quaresma_18.html

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Este é um momento de acção de graças por TUDO o este Papa fez ao serviço da Igreja... MAGNIFICAT!

Caríssimos Irmãos,

 convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

BENEDICTUS PP. XVI
 

Dia Mundial do Doente - «Vai e faz tu também o mesmo» (Lc 10, 37)


sábado, 2 de fevereiro de 2013


Hoje, dia 02 de Fevereiro, Festa da Apresentação de Jesus no Templo, os Missionários do Espírito Santo celebram o aniversário da morte do seu fundador, Pe. Libermann.

VIDA DE FRANCISCO LIBERMANN

 O Venerável Padre Libermann (1802-1852) nasceu no seio de uma família judia muito observante (o seu pai era rabino) e era o quarto de sete irmãos, tendo recebido na circuncisão o nome de Jacob. Era um judeu muito piedoso e o pai tinha esperanças de que Jacob viesse a suceder-lhe. O jovem teve o seu primeiro contato com o cristianismo aos vinte anos de idade, precisamente quando foi enviado a Metz para aprimorar os seus conhecimentos sobre o judaísmo. Aos vinte e três anos, recebeu o Batismo em Paris, seguindo o exemplo de dois dos seus irmãos. Sentiu-se chamado ao sacerdócio imediatamente depois da sua conversão e ingressou no seminário em 1827, embora, devido à sua frágil saúde, só tenha sido ordenado em 1839. Consumido de zelo apostólico, uniu-se aos padres Le Vavasseur e Tisserand, ambos seminaristas negros oriundos de colônias francesas, para fundar uma congregação dedicada à evangelização dos pobres e dos negros da América e da África: a Congregação do Imaculado Coração de Maria, posteriormente unida à Congregação do Espírito Santo. Embora nunca podido visitar pessoalmente nenhum dos dois continentes, trabalhou incessantemente na formação dos noviços (conservam-se milhares de cartas suas) até a sua morte em Paris.

Santo e Adorável Espírito

fazei-me escutar a Vossa amável voz,

refrescai-me com o Vosso Divino sopro.

Quero ser para vós como leve pena

a fim de que o Vosso sopro me leve

para onde quiser…

Libermann