Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















domingo, 18 de novembro de 2012


No final da Semana de Oração pelos Seminários, aqui ficam os meus amigos seminaristas Espiritanos de Cabo Verde. Desejo-lhes as maiores felicidades e força para continuarem a caminhada. Contem sempre com a minha oração.


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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

“A maior parte das pessoas na realidade tem bastante medo de morrer. (…) a maneira como havemos de morrer é imprevisível e as nossas preocupações sobre isso são bastante inúteis. Em todo o caso, precisamos de estar preparados. Prepararmo-nos para a morte é a tarefa mais importante da vida (…) A morte, como Jesus falou dela, é o momento em que a plena derrota e a plena vitória se encontram.
(…) Como é que então nos preparamos para a morte? Vivendo cada dia na total consciência de sermos filhos de Deus, cujo amor é mais forte do que a morte. Especular e preocuparmo-nos com os últimos dias da nossa vida é inútil; mas fazer de cada dia uma celebração da nossa “amabilidade” como filhos e filhas amado(a)s de Deus permitir-nos-á viver os nossos últimos dias, breves ou longos, como dias de aniversário. As dores da morte são dores de parto. Por elas, deixamos o seio deste mundo e nascemos para a plenitude dos filhos de Deus.
A nossa vida é uma oportunidade curta para dizer “sim” ao amor de Deus. A nossa morte é um autêntico regresso a casa para acolher esse amor.
(…) Escrevendo aos cristãos de Filipos, o apóstolo Paulo diz: Desejaria partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor; mas continuar vivo é mais necessário por vossa causa.” (Fl 1, 23-24) O desejo mais profundo de S. Paulo é estar completamente unido a Deus por meio de Cristo e esse desejo fá-lo olhar para a morte como um “ganho”. Contudo o seu outro desejo é continuar vivo no corpo para acabar a sua missão.
Assim, somos desafiados mais uma vez a olhar a nossa vida a partir do alto. Se, com efeito, Jesus veio oferecer-nos uma comunhão plena com Deus, fazendo-nos partilhar da sua morte e ressurreição, que mais podemos desejar senão deixar os nossos corpos mortais para alcançar a meta final da nossa existência? A única razão para continuar neste “vale de lágrimas” é poder continuar a missão de Jesus que nos mandou ao mundo, como o Pai o mandou a Ele. Vista do alto, a vida é uma missão curta, por vezes penosa, cheia de ocasiões para fazer um trabalho frutuoso pelo reino de Deus, e a morte é a porta aberta que conduz à sala das celebrações onde o próprio Deus nos irá servir.
(…) Enquanto estivermos no corpo, tratemos bem dele de maneira a levar a alegria e a paz do reino de Deus àqueles que encontrarmos na nossa jornada. Mas, quando chegar o tempo da nossa morte, alegremo-nos também por podermos voltar a casa para estarmos com Aquele que nos trata por “amados”.
                                                                   In: Aqui e Agora, Henri Nouwen