Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DIA DE FIÉIS DEFUNTOS

“A maior parte das pessoas na realidade tem bastante medo de morrer. (…) a maneira como havemos de morrer é imprevisível e as nossas preocupações sobre isso são bastante inúteis. Em todo o caso, precisamos de estar preparados. Prepararmo-nos para a morte é a tarefa mais importante da vida (…) A morte, como Jesus falou dela, é o momento em que a plena derrota e a plena vitória se encontram.
(…) Como é que então nos preparamos para a morte? Vivendo cada dia na total consciência de sermos filhos de Deus, cujo amor é mais forte do que a morte. Especular e preocuparmo-nos com os últimos dias da nossa vida é inútil; mas fazer de cada dia uma celebração da nossa “amabilidade” como filhos e filhas amado(a)s de Deus permitir-nos-á viver os nossos últimos dias, breves ou longos, como dias de aniversário. As dores da morte são dores de parto. Por elas, deixamos o seio deste mundo e nascemos para a plenitude dos filhos de Deus.
A nossa vida é uma oportunidade curta para dizer “sim” ao amor de Deus. A nossa morte é um autêntico regresso a casa para acolher esse amor.
(…) Escrevendo aos cristãos de Filipos, o apóstolo Paulo diz: Desejaria partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor; mas continuar vivo é mais necessário por vossa causa.” (Fl 1, 23-24) O desejo mais profundo de S. Paulo é estar completamente unido a Deus por meio de Cristo e esse desejo fá-lo olhar para a morte como um “ganho”. Contudo o seu outro desejo é continuar vivo no corpo para acabar a sua missão.
Assim, somos desafiados mais uma vez a olhar a nossa vida a partir do alto. Se, com efeito, Jesus veio oferecer-nos uma comunhão plena com Deus, fazendo-nos partilhar da sua morte e ressurreição, que mais podemos desejar senão deixar os nossos corpos mortais para alcançar a meta final da nossa existência? A única razão para continuar neste “vale de lágrimas” é poder continuar a missão de Jesus que nos mandou ao mundo, como o Pai o mandou a Ele. Vista do alto, a vida é uma missão curta, por vezes penosa, cheia de ocasiões para fazer um trabalho frutuoso pelo reino de Deus, e a morte é a porta aberta que conduz à sala das celebrações onde o próprio Deus nos irá servir.
(…) Enquanto estivermos no corpo, tratemos bem dele de maneira a levar a alegria e a paz do reino de Deus àqueles que encontrarmos na nossa jornada. Mas, quando chegar o tempo da nossa morte, alegremo-nos também por podermos voltar a casa para estarmos com Aquele que nos trata por “amados”.
                                                                   In: Aqui e Agora, Henri Nouwen

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