11 de Fevereiro - Nossa Senhora de Lourdes
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Papa Francisco propõe três remédios que curam
do pecado na Quaresma
O Papa
Francisco presidiu ontem, na Basílica de São Pedro, à Santa Missa com o rito da
bênção e imposição das cinzas, dando assim início à Quaresma.
Na celebração, o Santo Padre esteve
acompanhado de cardeais, bispos e mais de 700 Missionários da Misericórdia que
são enviados a todo o mundo com a faculdade de absolver alguns pecados
reservados à Sé Apostólica.
Francisco propôs na homilia três “medicamentos
ou remédios” que os cristãos podem abraçar para “curar-se do pecado” nesta
Quaresma: oração, caridade e jejum.
1. Oração: “Expressão de
abertura e confiança no Senhor. É o encontro pessoal com Ele, que encurta as
distâncias criadas pelo pecado”, disse o Papa. “Rezar significa dizer: Não sou
autossuficiente, preciso de ti. Tu és a minha vida e minha salvação”.
2. Caridade: O Papa disse que
“amor verdadeiro, de fato, não é um ato exterior, não é dar algo de forma
paternalista para tranquilizar a consciência, mas aceitar quem precisa do nosso
tempo, da nossa amizade e da nossa ajuda”. É também “viver o serviço”.
3. Jejum: A penitência “para
nos libertar das dependências em relação ao que passa e nos treinar para ser
mais sensíveis e misericordiosos”. “É um convite à simplicidade e partilha”.
O Papa pediu também que “a Quaresma seja um
tempo benéfico para podar a falsidade, a mundanidade e a indiferença”, entre
outras coisas, para “reencontrar a identidade cristã, ou seja, o amor que
serve, não o egoísmo que se serve”.
Sobre a necessidade de reconciliação com
Deus, o Santo Padre explicou que “não é simplesmente um bom conselho paterno e
nem uma sugestão. É uma verdadeira e própria súplica em nome de Cristo”.
“Cristo sabe que somos frágeis e pecadores, conhece a fraqueza de nosso
coração”, lembrou.
Cristo “vence o pecado e nos reergue das
misérias, se as confiamos a Ele” e este “é o primeiro passo do caminho cristão.
Trata-se de entrar pela porta aberta que é Cristo, onde Ele mesmo nos espera, o
Salvador, e nos oferece uma vida nova e alegre”.
O Santo Padre afirmou que “há uma tentação de
blindar as portas, ou seja, conviver com o próprio pecado, minimizando-o,
justificando-se sempre, pensando em não ser pior que os outros”, mas assim, “se
trancam as fechaduras da alma e se permanece fechado dentro, prisioneiros do
mal”.
Outro obstáculo que o Pontífice assinalou é
“a vergonha de abrir a porta secreta do coração” e também o de
“distanciarmo-nos da porta: isso acontece quando nos enfurnamos em nossas
misérias”. Então, “a tristeza que não queremos nos torna familiar, nos
desencorajamos e somos mais fracos diante das tentações”.
“Isso
acontece porque permanecemos sós conosco, nos fechando e fugindo da luz,
enquanto somente a graça do Senhor nos liberta. Deixemo-nos então reconciliar,
ouvindo Jesus que diz a quem está cansado e oprimido: venha a mim”.
Aos Missionários da Misericórdia, Francisco
disse: “Queridos irmãos, que vocês possam ajudar a abrir as portas dos
corações, a vencer a vergonha e a não fugir da luz”.
“Que as suas mãos abençoem e reergam os
irmãos e irmãs com paternidade. Que através de vocês o olhar e as mãos do Pai
pousem sobre os filhos e curem suas feridas”, exortou.
Existe outro convite da parte de Deus que é a
de “retornar ao Senhor de todo o coração”. “Se é preciso voltar é porque nos
distanciamos. É o mistério do pecado”, explicou Francisco.
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