Abraçar a Missão
“Abraçar a Missão” foi o nome escolhido para o projeto de missão de curta duração, há muito sonhado, que uniu pela primeira vezMOMIP (Movimento Missionário de Professores), LIAM (Liga Intensificadora de Ação Missionária), Missionários Espiritanos e Sol sem Fronteiras numa experiência de missão ad gentes. O local escolhido foi Angola, missão do Munhino, no Lubango, devido à celebração dos 150 anos de presença Espiritana neste país.
Os participantes foram quatro professores do MOMIP, sete membros da LIAM e três Missionários Espiritanos. De 10/08 a 01/09 deixaram as suas casas, as suas famílias e, durante as férias, depois de um ano de intensa preparação orientada pela Sol sem Fronteiras, puseram os pés ao caminho e as mãos nas áreas de intervenção que tinham sido solicitadas pela Missão do Munhino: Educação, Saúde, Cidadania, Justiça e Paz e Agricultura.
Construir de raiz um projeto de voluntariado missionário para adultos, fazer a formação, angariar colaboradores, fazer de 14 pessoas diferentes um grupo e viver com espírito de grupo este tempo de missão, foi um grande desafio!
Na Missão do Munhino fomos acolhidos de modo muito fraterno pelos padres, pelos seis noviços e por aqueles que trabalham naquela casa de formação. O tempo “fresco” do Lubango, a ausência de mosquitos e a água que corria com fartura, foram também algumas das bênçãos com que fomos recebidos. E a comunidade local lá estava, na dureza da sua vida diária, na alegria com que celebra a sua fé, sempre com um sorriso de acolhimento.
A agricultura foi a primeira frente que atacámos… primeiro dia e plantação de cepas, diospireiros e kiwis que já estavam pegados quando viemos embora… a poda começou e a equipa da agricultura deu o seu máximo, todos os dias, para deixar as árvores podadas e prontas para serem mais fecundas.
A equipa da educação também se lançou ao trabalho e durante três manhãs partilhou e ouviu os professores no Magistério da Huíla, lançou desafios e ajudou a encontrar instrumentos para vencer as dificuldades do dia-a-dia daqueles que têm a exigente e ousada tarefa de formar as novas gerações. Rapidamente veio outro pedido e outro dia de formação, desta vez aos professores do Sendi… Depois foram as atividades comuns com crianças e jovens que apareciam para trabalhar.
A equipa da saúde teve o desafio exigente de atender as muitas pessoas que apareciam à procura de quase tudo e de ver que em muitos casos aquilo que fazia mais necessidade era mesmo uma alimentação adequada. Mas os medicamentos que tínhamos e a atenção que dispensávamos já conseguia curar alguns dos problemas, para além do alimento que ainda foi possível partilhar.
As equipas da cidadania e da justiça e paz também fizeram o que podiam com os noviços, os escuteiros, os acólitos, as crianças, os adolescentes e os jovens.
Aos desafios que já nos tinham sido feitos juntaram-se outros e o maior foi pintar por dentro e por fora a escola da missão que ficou linda e nova, para surpresa de todos e dos meninos que regressavam às aulas.
Para além de tudo isto estava a organização da vida deste grupo de 14 pessoas, o cuidar da alimentação, dos espaços comuns, da oração e da gestão desta grande família. Um ou outro momento de descoberta cultural, e o estar e o celebrar com as pessoas, que nos fez descobrir o sentido de alegria e de festa contagiantes com que celebram a sua fé.
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