Convite
" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."
Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
domingo, 30 de dezembro de 2018
VATICANO - Vinte e três missionários foram assassinados no mundo em 2017 - Agenzia Fides
VATICANO - Vinte e três missionários foram assassinados no mundo em 2017 - Agenzia Fides: Vaticano (Agência Fides) – Vinte e três missionários foram assassinados em 2017: é o que afirm
"Jesus, Maria e José a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos"
Jesus, Maria e José
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em vós contemplamos
a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.
Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro
que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades quotidianas da vida.
Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.
Jesus, Maria e José
a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.
Papa Francisco
Jesus, Maria e José
a vós, Sagrada Família de Nazaré,
hoje, dirigimos o olhar
com admiração e confiança;
em vós contemplamos
a beleza da comunhão no amor verdadeiro;
a vós confiamos todas as nossas famílias;
para que se renovem nessas maravilhas da graça.
Sagrada Família de Nazaré,
escola atraente do santo Evangelho:
ensina-nos a imitar as tuas virtudes
com uma sábia disciplina espiritual,
doa-nos o olhar claro
que sabe reconhecer a obra da providência
nas realidades quotidianas da vida.
Sagrada Família de Nazaré,
guardiã fiel do mistério da salvação:
faz renascer em nós a estima pelo silêncio,
torna as nossas famílias cenáculo de oração
e transforma-as em pequenas Igrejas domésticas,
renova o desejo de santidade,
sustenta o nobre cansaço do trabalho, da educação,
da escuta, da recíproca compreensão e do perdão.
Sagrada Família de Nazaré,
desperta na nossa sociedade a consciência
do caráter sagrado e inviolável da família,
bem inestimável e insubstituível.
Cada família seja morada acolhedora de bondade e de paz
para as crianças e para os idosos,
para quem está doente e sozinho,
para quem é pobre e necessitado.
Jesus, Maria e José
a vós com confiança rezamos, a vós com alegria nos confiamos.
Papa Francisco
sábado, 29 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
Celebramos o Natal em Ano Missionário.
Feliz coincidência, jubilosa graça!
Dizemos, e bem, que somos missão,
a Igreja é missão, a família é missão,
a comunidade é missão,
a vida consagrada é missão.
Missão gerada em Jesus Cristo,
missão assumida no chamamento
para O seguirmos e anunciar,
missão centrada na sua morte e ressurreição.
Feliz coincidência, jubilosa graça!
Dizemos, e bem, que somos missão,
a Igreja é missão, a família é missão,
a comunidade é missão,
a vida consagrada é missão.
Missão gerada em Jesus Cristo,
missão assumida no chamamento
para O seguirmos e anunciar,
missão centrada na sua morte e ressurreição.
Nestes últimos dias em que preparamos o Natal,
somos convidados a contemplar a ação
de um Deus que nos ama de tal forma
que envia ao nosso encontro o seu Filho,
a fim de nos conduzir à comunhão com Ele.
O nosso sim só pode ser de obediência
e disponibilidade, de adoração e contemplação.
somos convidados a contemplar a ação
de um Deus que nos ama de tal forma
que envia ao nosso encontro o seu Filho,
a fim de nos conduzir à comunhão com Ele.
O nosso sim só pode ser de obediência
e disponibilidade, de adoração e contemplação.
Tudo tem o seu início na manjedoura
onde está o Menino Jesus com Maria e José,
qual revolução da ternura amorosa
de Deus para connosco.
Aí se inicia a missão.
onde está o Menino Jesus com Maria e José,
qual revolução da ternura amorosa
de Deus para connosco.
Aí se inicia a missão.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua simplicidade e ternura…
e sejamos missão de modo terno e simples,
compassivo e amoroso,
a começar pelos que estão na nossa casa.
na sua simplicidade e ternura…
e sejamos missão de modo terno e simples,
compassivo e amoroso,
a começar pelos que estão na nossa casa.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua pequenez e humildade…
e sejamos missão em atitude humilde, aberta
e atenta a quem vamos encontrando
e procurando nos caminhos da vida.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua beleza e bondade…
e sejamos missão de modo igualmente belo,
vivo, encantador e fecundo
para com todos aqueles e aquelas
a quem nos doamos.
na sua pequenez e humildade…
e sejamos missão em atitude humilde, aberta
e atenta a quem vamos encontrando
e procurando nos caminhos da vida.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua beleza e bondade…
e sejamos missão de modo igualmente belo,
vivo, encantador e fecundo
para com todos aqueles e aquelas
a quem nos doamos.
Contemplemos o Menino Jesus
na sua pobreza e nudez…
e sejamos missão de modo sóbrio, pobre
e despojado face às gritantes situações
de desperdício, esbanjamento e mau uso dos bens,
procurando cuidar melhor da nossa casa comum.
na sua pobreza e nudez…
e sejamos missão de modo sóbrio, pobre
e despojado face às gritantes situações
de desperdício, esbanjamento e mau uso dos bens,
procurando cuidar melhor da nossa casa comum.
Contemplemos o Menino Jesus
no seu rosto radiante de Amor…
e sejamos missão vivendo e anunciando a riqueza
do Amor de Deus encarnado neste Menino,
o Filho de Deus que adoramos.
no seu rosto radiante de Amor…
e sejamos missão vivendo e anunciando a riqueza
do Amor de Deus encarnado neste Menino,
o Filho de Deus que adoramos.
É quase Natal, o de ontem, de hoje e de sempre,
permanente convite a contemplar
o mistério que acontece perante o nascer da vida.
Contemplação também do rosto do pobre
em Jesus encarnado
e em tantos seres humanos desencarnados.
permanente convite a contemplar
o mistério que acontece perante o nascer da vida.
Contemplação também do rosto do pobre
em Jesus encarnado
e em tantos seres humanos desencarnados.
Estes olhares contemplativos
em concreta ação nunca são facultativos.
São sempre de obrigação, a tal que nos vem da fé
e do acolhimento da Boa Nova,
que envolve atenções, visitações e permanências
junto do pobre, seja ele qual for,
porque sempre rosto de Cristo.
em concreta ação nunca são facultativos.
São sempre de obrigação, a tal que nos vem da fé
e do acolhimento da Boa Nova,
que envolve atenções, visitações e permanências
junto do pobre, seja ele qual for,
porque sempre rosto de Cristo.
Ai de nós se não contemplarmos!
Que a contemplação do Amor de Deus
em tempo de Natal nos faça contemplar
os próximos com todo o nosso ser e agir.
À semelhança de Maria, procuremos ser
sempre anunciadores de boas novas,
sempre denunciadores de situações
de bradar aos céus e gritar nas terras,
sempre visitadores de pessoas
que exigem o nosso estar e permanecer.
Que a contemplação do Amor de Deus
em tempo de Natal nos faça contemplar
os próximos com todo o nosso ser e agir.
À semelhança de Maria, procuremos ser
sempre anunciadores de boas novas,
sempre denunciadores de situações
de bradar aos céus e gritar nas terras,
sempre visitadores de pessoas
que exigem o nosso estar e permanecer.
Sejamos cristãos missionários,
levados pelo exemplo de Maria:
apressados no nosso caminhar, concretizando
o mistério profético da visitação do próximo.
Que algo faça mexer e estremecer em nós:
as palavras que nos foram ditas
da parte do Senhor, procurando levá-las
aos irmãos que vivem sem esperança.
levados pelo exemplo de Maria:
apressados no nosso caminhar, concretizando
o mistério profético da visitação do próximo.
Que algo faça mexer e estremecer em nós:
as palavras que nos foram ditas
da parte do Senhor, procurando levá-las
aos irmãos que vivem sem esperança.
Sejamos cristãos missionários,
começando sempre por saborear o nascer de Deus
nos nossos corações e no coração do mundo,
das nossas famílias e comunidades.
É a partir daqui que somos missão,
que somos discípulos missionários de Jesus.
começando sempre por saborear o nascer de Deus
nos nossos corações e no coração do mundo,
das nossas famílias e comunidades.
É a partir daqui que somos missão,
que somos discípulos missionários de Jesus.
Deixemos que Jesus nasça no nosso coração,
o melhor presépio do mundo,
aderindo a Ele com tudo o que somos,
dando tempo e carinho a quem vive sozinho,
ou está doente, ou é descartado
da sociedade em que existimos,
em gestos de entreajuda e partilha
com quem mais precisa da nossa presença e apoio.
Nestas atitudes tudo somos e temos!
o melhor presépio do mundo,
aderindo a Ele com tudo o que somos,
dando tempo e carinho a quem vive sozinho,
ou está doente, ou é descartado
da sociedade em que existimos,
em gestos de entreajuda e partilha
com quem mais precisa da nossa presença e apoio.
Nestas atitudes tudo somos e temos!
Vivamos um Santo Natal,
fecundado pela ternura de Deus
encarnada no seu Filho Jesus Cristo!
fecundado pela ternura de Deus
encarnada no seu Filho Jesus Cristo!
Santo Natal, feliz Missão!
Padre Manuel Barbosa, SCJ
(Secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa
(Secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Jesuítas em Portugal
3 Dez | Dia de SÃO FRANCISCO XAVIER
- Padroeiro das Missões
- Padroeiro das Missões
"De que vale ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?". Foi esta frase de Inácio de Loyola que mudou a vida de Francisco de Xavier, na altura um estudante em Paris, ainda preocupado com as honras do mundo e com o desejo de ser um bom atleta.
Os dois colegas que partilhavam o quarto no Colégio de Santa Bárbara ainda andavam pouco sintonizados em relação à sua missão, que mais tarde daria origem à Companhia de Jesus, mas consta que foi com esta questão que Inácio convenceu Francisco.
Nascido em 1506 numa família aristocrata, envolta em guerras e disputas, acabou por ser enviado pela mãe para Paris para estudar filosofia, literatura e humanidades. É aí que conhece Inácio de Loyola e os outros companheiros com que fez votos de pobreza e castidade na capela de Montmartre.
Nascido em 1506 numa família aristocrata, envolta em guerras e disputas, acabou por ser enviado pela mãe para Paris para estudar filosofia, literatura e humanidades. É aí que conhece Inácio de Loyola e os outros companheiros com que fez votos de pobreza e castidade na capela de Montmartre.
Já com o aval papal à Companhia, e a pedido do rei português D. João III, foi enviado para as terras que estavam a ser descobertas pelos portugueses no Oriente, com a missão específica de lhes levar a fé cristã. Torna-se assim o primeiro jesuíta na Índia e mais tarde no Japão, onde chegou em 1549.
Morreu em 1552, às portas da China onde desejava chegar, e foi canonizado em 1622.
A entrega até ao fim na sua missão fez dele o patrono das missões
A entrega até ao fim na sua missão fez dele o patrono das missões
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
II Dia Mundial dos Pobres
Disse o Papa Francisco na homilia de hoje: "Perante a dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados ou então abanam-se os braços, impotentes diante da força obscura do mal. Mas o cristão não pode ficar de braços cruzados, indiferente, nem de braços a abanar, fatalista! Não... O crente estende a mão, como Jesus faz com ele. Junto de Deus, o grito dos pobres encontra guarida, mas em nós? Temos olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos estendidas para ajudar? «Nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos seus discípulos» (Ibid., 88). Pede-nos para O reconhecermos em quem tem fome e sede, é forasteiro e está privado de dignidade, doente e encarcerado (cf. Mt 25, 35-36)." Em Dia dos Seminários, dai-nos Pastores de coração sensível ao clamor dos pobres.
Disse o Papa Francisco na homilia de hoje: "Perante a dignidade humana espezinhada, muitas vezes fica-se de braços cruzados ou então abanam-se os braços, impotentes diante da força obscura do mal. Mas o cristão não pode ficar de braços cruzados, indiferente, nem de braços a abanar, fatalista! Não... O crente estende a mão, como Jesus faz com ele. Junto de Deus, o grito dos pobres encontra guarida, mas em nós? Temos olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos estendidas para ajudar? «Nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos seus discípulos» (Ibid., 88). Pede-nos para O reconhecermos em quem tem fome e sede, é forasteiro e está privado de dignidade, doente e encarcerado (cf. Mt 25, 35-36)." Em Dia dos Seminários, dai-nos Pastores de coração sensível ao clamor dos pobres.
https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2018-11/integra-homilia-papa-dia-mundial-pobres.html?fbclid=IwAR122GjG2EKSZ8Wz9vHif4WkbURkVsap70f7Io_kK0LiMP09o5hluKefiEY
Hoje celebra-se o II Dia Mundial dos Pobres. Que saibamos ir ao seu encontro, numa atitude de entrega e desprendimento, não os esquecendo também na nossa oração.
#DiaMundialdosPobres #PapaFrancisco #oração
#DiaMundialdosPobres #PapaFrancisco #oração
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/papafrancesco_20180613_messaggio-ii-giornatamondiale-poveri-2018.html
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
domingo, 11 de novembro de 2018
sábado, 10 de novembro de 2018
Portugal: A vocação ao sacerdócio na semana dos Seminários
Portugal: A vocação ao sacerdócio na semana dos Seminários: Lisboa, 11 out 2018 (Ecclesia) – A edição deste ano da Semana dos Seminários, que vai decorrer entre 11 e 18 de novembro, sublinha a importância de envolver cada vez mais as “famílias e paróquias” na formação dos futuros sacerdotes.
Numa mensagem dedicada a esta iniciativa, envi
Numa mensagem dedicada a esta iniciativa, envi
terça-feira, 6 de novembro de 2018
segunda-feira, 5 de novembro de 2018
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
domingo, 28 de outubro de 2018
Carta dos Padres Sinodais aos jovens do mundo inteiro
A
Igreja e o mundo precisam urgentemente do entusiasmo dos jovens. "Sejam
companheiros de estrada dos mais frágeis, dos pobres, dos feridos pela vida.
Vocês são o presente, sejam o futuro mais luminoso", exortam os Padres
Sinodais na Carta a eles endereçada, cujo texto integral publicamo a seguir.
Cidade do Vaticano
Ao término da Missa de encerramento da
XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos dedicada aos jovens,
presidida pelo Papa Francisco na manhã deste domingo (28/10) na Basílica de São
Pedro, antes da bênção final o secretário geral do Sínodo, cardeal Lorenzo
Baldisseri, leu a carta dos Padres Sinodais aos jovens, a qual publicamos a
seguir na íntegra:
XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo
dos Bispos
Carta dos Padres Sinodais aos jovens
A vocês, jovens do mundo, nós Padres
Sinodais nos dirigimos com uma palavra de esperança, confiança e consolação.
Nestes dias, nos reunimos para escutar a voz de Jesus, “o Cristo, eternamente
jovem”, e reconhecer Nele as vozes dos jovens e seus gritos de exultação,
lamentos e silêncios.
Sabemos de suas buscas interiores, das
alegrias e das esperanças, das dores e angústias que fazem parte de sua
inquietude. Agora, queremos que vocês escutem uma palavra nossa: desejamos ser
colaboradores de sua alegria para que suas expectativas se transformem em
ideais. Temos certeza de que com sua vontade de viver, vocês estão prontos a se
empenhar para que seus sonhos tomem forma em sua existência e na história
humana.
Que nossas fraquezas não os desanimem,
que as fragilidades e pecados não sejam um obstáculo à sua confiança. A Igreja
é sua mãe, não abandona vocês, está pronta para acompanhá-los em novos
caminhos, nas sendas mais altas onde o vento do Espírito sopra mais forte,
varrendo as névoas da indiferença, da superficialidade, do desânimo.
Quando o mundo, que Deus tanto amou a
ponto de lhe doar seu Filho Jesus, é subordinado às coisas, ao sucesso imediato
e ao prazer, pisoteando os mais fracos, ajudem-no a se reerguer e a dirigir seu
olhar ao amor, à beleza, à verdade e à justiça.
Por um mês, nós caminhamos juntos, com
alguns de vocês e muitos outros unidos a nós com a oração e o carinho.
Desejamos continuar o caminho em todas as partes da terra onde o Senhor Jesus
nos envia como discípulos missionários.
A Igreja e o mundo precisam urgentemente
de seu entusiasmo. Sejam companheiros de estrada dos mais frágeis, dos pobres,
dos feridos pela vida.
Vocês são o presente, sejam o futuro
mais luminoso.
28
de outubro de 2018
Sínodo sobre os Jovens: o que diz o Documento Final
Três
partes, 12 capítulos, 167 parágrafos, 60 páginas: assim se apresenta o
documento final da XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, sobre o
tema "Os jovens, a fé e o discernimento vocacional". O texto foi
aprovado na tarde de 27 de outubro na Sala do Sínodo. O documento foi entregue
nas mãos do Papa, que então autorizou a sua publicação.
Paolo Ondarza e Isabella Piro - Cidade
do Vaticano
É o episódio dos discípulos de Emaús,
narrado pelo evangelista Lucas, o fio condutor do Documento Final do Sínodo dos
Jovens. Lido na Sala alternando vozes do relator geral, cardeal Sérgio da
Rocha, e os secretários Especiais, padre Giacomo Costa e padre Rossano Sala,
juntamente com Dom Bruno Forte, membro da Comissão para a Redação do texto, o
documento é complementar ao Instrumentum laboris do Sínodo, do
qual toma a subdivisão em três partes.
Acolhido com aplausos, o texto - disse o
cardeal Sérgio Da Rocha - é "o resultado de um verdadeiro trabalho de
equipe" dos Padres Sinodais, juntamente com os outros participantes no
Sínodo e "em modo particular os jovens." O Documento, portanto,
recolhe as 364 formas, ou emendas, apresentadas. "A maior parte delas -
acrescentou o Relator geral - foi precisa e construtiva". Todos os
parágrafos do texto foram aprovados com pelo menos dois terços dos votos.
"Caminhava com eles"
Em
primeiro lugar, portanto, o Documento Final do Sínodo olha para o contexto em
que vivem os jovens, destacando os pontos de força e desafios. Tudo parte de
uma escuta empática que, com humildade, paciência e disponibilidade, permite de
dialogar realmente com os jovens, evitando "respostas pré-concebidas e
receitas prontas". Os jovens, de fato, querem ser "ouvidos,
reconhecidos, acompanhados" e querem que sua voz seja "considerada
interessante e útil no campo social e eclesial". A Igreja nem sempre teve
essa atitude, reconhece o Sínodo: muitas vezes sacerdotes e bispos,
sobrecarregados por muitos compromissos, lutam para encontrar tempo para o
serviço da escuta. Daí a necessidade de preparar adequadamente também leigos,
homens e mulheres, capazes de acompanhar as jovens gerações. Diante de
fenômenos como a globalização e a secularização, além disso, os jovens
movem-se em direção a uma redescoberta de Deus e da espiritualidade e isso deve
ser um estímulo para a Igreja, para recuperar a importância do dinamismo da fé.
A escola e a paróquia
Outra
resposta da Igreja às questões dos jovens vem do setor educacional: as escolas,
as universidades, as faculdades, os oratórios, permitem uma formação integral
dos jovens, oferecendo ao mesmo tempo um testemunho evangélico de promoção
humana.
Em um mundo onde tudo está conectado -
família, trabalho, tecnologia, defesa do embrião e do migrante - os bispos
definem como insubstituível o papel desempenhado pelas escolas e universidades
onde os jovens passam muito tempo. As instituições educacionais católicas, em
particular, são chamadas a enfrentar a relação entre a fé e as demandas do
mundo contemporâneo, as diferentes perspectivas antropológicas, os desafios
técnico-científicos, as mudanças nos costumes sociais e o compromisso com a
justiça. Também a paróquia tem o seu papel: "Igreja no território", é
preciso um repensar na sua vocação missionária, pois muitas vezes resulta pouco
significativa e pouco dinâmica, especialmente na área da catequese.
Migrantes, um paradigma do nosso tempo
O
documento sinodal se concentra então no tema dos migrantes, "paradigma do
nosso tempo", como um fenômeno estrutural, e não uma emergência
transitória. Muitos migrantes são jovens ou menores desacompanhados, fugindo da
guerra, violências, perseguição política ou religiosa, desastres naturais,
pobreza e acabam se tornando vítimas de tráfico, drogas, abusos psicológicos e
físicos. A preocupação da Igreja é acima de tudo em relação a eles - diz o
Sínodo – na ótica de uma autêntica promoção humana que passa pela acolhida de
refugiados, e seja ponto de referência para tantos jovens separados de suas
famílias de origem. Mas não só: os migrantes - recorda o Documento - são também
uma oportunidade de enriquecimento para as comunidades e sociedades em que
chegam e que podem ser revitalizados por eles. Ressoam, portanto, os verbos
sinodais "acolher, proteger, promover, integrar" indicados pelo Papa
Francisco para uma cultura que supere a desconfiança e o medo. Os bispos também
pedem mais empenho em garantir àqueles que não desejam migrar, o direito de
permanecer em seu próprio país. A atenção do Sínodo também se dirige àquelas
Igrejas ameaçadas em sua existência, pela emigração forçada e pelas
perseguições sofridas pelos fiéis.
Firme compromisso contra todo tipo de
abuso. Dizer a verdade e pedir perdão
Bastante
ampla, também, a reflexão sobre os "diversos tipos de abuso" (de
poder, econômicos, de consciência, sexuais) feitos por alguns bispos,
sacerdotes, religiosos e leigos: nas vítimas – lê-se no texto – eles provocam
sofrimentos que "podem durar toda a vida e aos quais nenhum
arrependimento pode colocar remédio".
Daí o apelo do Sínodo ao "firme
compromisso com a adoção de rigorosas medidas de prevenção que impeçam o
repetir-se, a partir da seleção e da formação daqueles a quem serão confiadas
tarefas de responsabilidades e educativas". Por conseguinte, será
necessário extirpar as formas - como a corrupção e o clericalismo – sob as
quais estes tipos de abusos estão enraizados, contrastando também a falta de
responsabilidade e transparência com que muitos casos foram geridos. Ao mesmo
tempo, o Sínodo se diz agradecido a todos aqueles que "têm a coragem de
denunciar o mal sofrido", porque ajudam a Igreja a "tomar consciência
do que aconteceu e da necessidade de reagir com decisão". "A
misericórdia, de fato, exige a justiça". Mas não devem porém ser
esquecidos os numerosos leigos, sacerdotes, pessoas consagradas e bispos que a
cada dia se dedicam, com honestidade, a serviço dos jovens, os quais podem
verdadeiramente oferecer "uma ajuda preciosa" para uma "reforma
de dimensão epocal" nesta área.
A Família "Igreja Doméstica"
Outros
temas presentes no Documento dizem respeito à família, principal ponto de
referência para os jovens, primeira comunidade de fé, "Igreja
doméstica": o Sínodo chama a atenção, em particular, ao papel dos avós na
educação religiosa e na transmissão da fé, e alerta para o enfraquecimento da
figura paterna e para aqueles adultos que assumem estilos de vida
"juvenis". Além da família, para os jovens, a amizade com os colegas
é muito importante, pois permite a partilha da fé e a ajuda recíproca no
testemunho.
Promoção de justiça contra "cultura
de desperdício"
O
Sínodo concentra-se também em algumas formas de vulnerabilidade vividas pelos
jovens em vários setores: no trabalho, onde o desemprego torna as jovens
gerações pobres, minando a sua capacidade de sonhar; as perseguições até a
morte; a exclusão social por motivos religiosos, étnicos ou econômicos; as
deficiências. Diante dessa "cultura de descarte", a Igreja deve
lançar um apelo à conversão e à solidariedade, tornando-se uma alternativa
concreta às situações de dificuldade. Na frente oposta, não faltam áreas onde o
comprometimento dos jovens consegue se expressar com originalidade e
especificidade: por exemplo, o voluntariado, a atenção às questões ecológicas,
o compromisso na política com a construção do bem comum, a promoção da justiça,
pela qual os jovens pedem à Igreja "um compromisso firme e coerente".
Arte, música e esporte, "recursos
pastorais"
Também
o mundo do esporte e da música oferece aos jovens a possibilidade de
expressarem-se da melhor forma: no primeiro caso, a Igreja convida a não
subestimar a potencialidade educacional, formativa e inclusiva da atividade
esportiva; no caso da música, por outro lado, o Sínodo fala sobre sobre seu
“ser recurso pastoral" que interpela também a uma renovação litúrgica,
porque os jovens têm o desejo de uma "liturgia viva", autêntica,
alegre, momento de encontro com Deus e com o comunidade.
Os jovens apreciam celebrações
autênticas em que a beleza dos sinais, o cuidado da pregação e o envolvimento
da comunidade falem realmente de Deus": portanto, precisam ser ajudados a
descobrir o valor da adoração eucarística e a compreender que" a liturgia
não é puramente expressão de si mesma, mas ação de Cristo e da Igreja".
As jovens gerações, ademais, querem ser
protagonistas da vida eclesial, colocando seus talentos e assumindo
responsabilidades. sujeitos ativos da ação pastoral, eles são o presente da
Igreja, devem ser encorajados a participar na vida eclesial, e não impedidos
com autoritarismo. Em uma Igreja capaz de dialogar de uma forma menos
paternalista e mais sincera, de fato, os jovens sabem ser muito ativos na
evangelização de seus coetâneos, exercendo um verdadeiro apostolado, que deve
ser apoiado e integrado na vida da comunidade.
"Seus olhos se abriram"
Deus
fala à Igreja e ao mundo por meio dos jovens, que são um dos "lugares
teológicos" onde o Senhor está presente. Portadora de uma santa inquietude
que a torna dinâmica – lê-se na segunda parte do Documento – a juventude pode
estar "mais à frente dos pastores" e isso deve ser acolhida, respeitada,
acompanhada. Graças a ela, de fato, a Igreja pode se renovar, sacudindo "o
peso e a lentidão". Assim, o chamado do Sínodo para o modelo de
"Jesus jovem entre os jovens" e ao testemunho dos santos, entre os
quais estão muitos jovens, profetas da mudança.
Missão e vocação
Outra
"bússola segura" para a juventude é a missão, dom de si que leva a
uma felicidade verdadeira e duradoura: Jesus, de fato, não tira a liberdade,
mas a liberta, porque a verdadeira liberdade só é possível em relação à verdade
e à caridade. Intimamente relacionado com o conceito de missão, está aquele da
vocação: cada vida é vocação em relação com Deus, não é fruto do acaso ou um
bem privado para gerir por conta própria - afirma o Sínodo - e cada vocação
batismal é um chamado para todos para a santidade. Para isso, cada um deve
viver a própria vocação específica em cada área: a profissão, a família, a vida
consagrada, o ministério ordenado e o diaconato permanente, que representa um
"recurso" a ser ainda desenvolvido mais plenamente.
O acompanhamento
Acompanhar
é uma missão para a Igreja a ser realizada em um nível pessoal e de grupo: em
um mundo "caracterizado por um pluralismo sempre mais evidente e por uma
disponibilidade de opções cada vez mais ampla," buscar junto com os jovens
um percurso voltado a fazer escolhas definitivas é um serviço necessário. Os
destinatários são todos os jovens: seminaristas, sacerdotes ou religiosos em
formação, noivos e recém-casados envolvidos. A comunidade eclesial é um lugar
de relações e contexto em que na celebração eucarística se é tocados,
instruídos e curados pelo próprio Jesus. O Documento Final enfatiza a
importância do Sacramento da Reconciliação na vida de fé e encoraja os pais,
professores, lideranças, animadores, sacerdotes e educadores a ajudar os jovens,
por meio da da Doutrina Social da Igreja, a assumir responsabilidades no âmbito
profissional e sócio-político. O desafio em sociedades cada vez mais
interculturais e plurirreligiosas, é indicar na relação com a diversidade uma
oportunidade para a comunhão fraterna e o enriquecimento mútuo.
Não a moralismos e falsas indulgências,
sim à correção fraterna
O
Sínodo, portanto, promove um acompanhamento integral centrado na oração e no
trabalho interior que valorize também a contribuição da psicologia e da psicoterapia,
quando abertas à transcendência. "O celibato pelo Reino" – é a
recomendação - deve ser entendido como um "dom a ser reconhecido e
verificado na liberdade, alegria, gratuidade e humildade", antes da
escolha definitiva. Que se invista e aposte em acompanhadores de qualidade:
pessoas equilibradas, de escuta, fé, oração, que tenham se deparado com as
próprias fraquezas e fragilidades, e sejam por isto acolhedoras "sem
moralismos e falsas indulgências", sabendo corrigir fraternalmente, longe
de comportamentos possessivos e manipuladores. "Esse profundo respeito –
lê-se o texto - será a melhor garantia contra os riscos de plágio e abusos de
qualquer tipos".
A arte de discernir
"A
Igreja é o ambiente para discernir e a consciência – escrevem os Padres
sinodais - é o lugar onde se colhe o fruto do encontro e da comunhão com
Cristo": o discernimento, por meio de "um regular confronto com um
diretor espiritual", apresenta-se portanto como o sincero trabalho de
consciência", "pode ser entendido somente como autêntica forma de
oração” e “requer a coragem de empenhar-se na luta espiritual". Banco de
prova das decisões assumidas é a vida fraterna e o serviço aos pobres. De fato,
os jovens são sensíveis à dimensão da diakonia.
“Partiram sem demora"
Maria
Madalena, primeira discípula missionária, curada das feridas, testemunha da
Ressurreição é o ícone de uma Igreja jovem. Dificuldades e fragilidades dos
jovens "nos ajudam a ser melhores, seus questionamentos – lê-se - nos
desafiam, as críticas nos são necessárias porque muitas vezes através deles a
voz do Senhor nos pede conversão e renovação". Todos os jovens, mesmo
aqueles com diferentes visões de vida, nenhum excluído, estão no coração de
Deus. Os Padres ressaltam o dinamismo construtivo da sinodalidade, ou seja, o
caminhar juntos: o final da Assembleia e o Documento final são apenas uma etapa
porque as condições concretas e as necessidades urgentes são diferentes entre
países e continentes. Daí o convite às Conferências Episcopais e às Igrejas
particulares para prosseguir no processo de discernimento com o objetivo de
elaborar soluções pastorais específicas.
Sinodalidade, estilo missionário
"Sinodal"
é um estilo para a missão que exorta a passar do “eu” ao “nós” e a considerar a
multiplicidade de rostos, sensibilidades, origens e culturas diferentes. Neste
horizonte são valorizados os carismas que o Espírito dá a todos, evitando o
clericalismo que exclui muitos dos processos de decisão e a clericalização dos
leigos, que freia o ímpeto missionário.
Que a autoridade – são os votos - seja
vivida a partir de uma perspectiva de serviço. Sinodal seja também a abordagem
ao diálogo inter-religioso e ecumênico destinado ao conhecimento recíproco e à
superação de preconceitos e estereótipos, e a renovação da vida comunitária e
paroquial, para que encurte as distâncias jovens-igreja e mostre a íntima
conexão entre fé e experiência concreta de vida. Formalizado o pedido diversas
vezes feito na Aula para instituir, em nível de Conferências Episcopais, um
"Diretório de pastoral da juventude em chave vocacional”, que possa ajudar
os responsáveis diocesanos e os agentes locais a qualificar a sua educação e
ação com e para os jovens", contribuindo
a superar uma certa fragmentação da pastoral da Igreja. Reiterada ainda a
importância da JMJ, bem como a dos centros da juventude e oratórios, que
precisam no entanto ser repensados.
O desafio digital
Há
alguns desafios urgentes que a Igreja é chamada a enfrentar. O Documento Final
do Sínodo aborda a missão no ambiente digital: parte integrante da realidade
cotidiana dos jovens, "praça" em que eles passam muito tempo e se
encontram facilmente, um lugar irrenunciável para alcançar e envolver os jovens
também nas atividades pastorais, a web apresenta luzes e sombras.
Se por um lado permite o acesso à
informação, ativa a participação sociopolítica e a cidadania ativa, por outro
apresenta um lado obscuro - a assim chamada dark web - em que
se encontram a solidão, a manipulação, a exploração, a violência,
cyberbullying, pornografia. Daí o convite do Sínodo para habitar o mundo
digital, promovendo o seu potencial comunicativo em vista do anúncio cristão e
a "impregnar" de Evangelho as suas culturas e dinâmicas.
Faz-se votos de que sejam criados
Escritórios e organismos para a cultura e a evangelização digital que, além de
“favorecer a troca e e a disseminação de boas práticas, possam gerenciar
sistemas de certificação de sites católicos, para conter a disseminação de
notícias falsas (fake news) sobre a Igreja", emblema de uma cultura que
"perdeu o sentido da verdade", encorajando a promoção de
"políticas e instrumentos para a proteção dos menores na web".
Corpo, sexualidade e carinho
Então,
o Documento enfoca o tema do corpo, da afetividade, da sexualidade: diante de
desenvolvimentos científicos que levantam questionamentos éticas, de fenômenos
como a pornografia digital, o turismo sexual, a promiscuidade, exibicionismo
online, o Sínodo recorda às famílias e às comunidades cristãs da importância de
fazer descobrir aos jovens que a sexualidade é um dom. Muitas vezes a moral
sexual da Igreja é percebida como "um espaço de juízo e condenação",
enquanto os jovens buscam "uma palavra clara, humana e empática" e
"expressam um explícito desejo de confronto sobre as questões relativas à
diferença entre identidade masculina e feminina, à reciprocidade entre homens e
mulheres, à homossexualidade".
Os bispos reconhecem a dificuldade da
Igreja em transmitir no atual contexto cultural "a beleza da visão cristã
da corporeidade e da sexualidade": é urgente buscar "modalidades mais
adequadas, que se traduzam concretamente na elaboração de caminhos formativos
renovados". "É preciso propor aos jovens uma antropologia da
afetividade e da sexualidade capaz de dar o justo valor à castidade" para
o crescimento da pessoa, “em todos os estados de vida". Nesse sentido, é
pedido que se preste atenção à formação de agentes pastorais que sejam críveis
e maduros do ponto de vista afetivo-sexual.
O Sínodo constata ademais a existência
de "questões relativas ao corpo, à afetividade e à sexualidade que
necessitam de uma elaboração antropológica, teológica e pastoral mais
aprofundada, a ser realizada nas modalidades e níveis mais convenientes,
daqueles locais aos mais universais. Entre estes emergem aqueles
relacionados à diferença e harmonia entre identidade masculina e feminina e às
inclinações sexuais".
"Deus ama cada pessoa pessoas e
assim faz a Igreja renovando seu compromisso contra qualquer discriminação e
violência com base sexual". Da mesma forma - prossegue o Documento - o
Sínodo "reafirma a determinante relevância antropológica da diferença e
reciprocidade homem-mulher e considera redutivo definir a identidade das
pessoas com base unicamente na sua orientação sexual".
Ao mesmo tempo, recomenda-se
"favorecer" os "caminhos de acompanhamento na fé, já existentes
em muitas comunidades cristãs", de "pessoas homossexuais".
Nestes caminhos as pessoas são ajudadas a ler sua própria história; a aderir
livremente e responsavelmente ao próprio chamado batismal; a reconhecer o
desejo de pertencer e contribuir para a vida da comunidade; a discernir as
melhores formas para que isso se realize. Desta forma, se ajuda a cada jovem,
nenhum excluído, a integrar cada vez mais a dimensão sexual na própria
personalidade, crescendo na qualidade das relações e caminhando para o dom de
si".
Acompanhamento vocacional
Entre
outros desafios apontados pelo Sínodo, encontra-se também a questão econômica:
o convite dos Padres é o de investir tempo e recursos nos jovens com a proposta
de oferecer a eles um período para o amadurecimento da vida cristã adulta, que
"deveria prever uma separação prolongada de ambientes e relações habituais".
Além disso, enquanto se faz votos de um acompanhamento antes e depois do casamento, se encoraja a criação de equipes educativas, que incluam figuras femininas e casais cristãos, para a formação de seminaristas e consagrados, também com o objetivo de superar tendências ao clericalismo. Atenção especial é pedida à acolhida dos candidatos ao sacerdócio, que às vezes ocorre "sem um conhecimento adequado e uma releitura aprofundada da própria história": "a instabilidade relacional e afetiva, e a falta de raízes eclesiais são sinais perigosos. Negligenciando a normativa eclesial a este respeito – escrevem os Padres sinodais - constitui um comportamento irresponsável, que pode ter consequências muito graves para a comunidade cristã".
Além disso, enquanto se faz votos de um acompanhamento antes e depois do casamento, se encoraja a criação de equipes educativas, que incluam figuras femininas e casais cristãos, para a formação de seminaristas e consagrados, também com o objetivo de superar tendências ao clericalismo. Atenção especial é pedida à acolhida dos candidatos ao sacerdócio, que às vezes ocorre "sem um conhecimento adequado e uma releitura aprofundada da própria história": "a instabilidade relacional e afetiva, e a falta de raízes eclesiais são sinais perigosos. Negligenciando a normativa eclesial a este respeito – escrevem os Padres sinodais - constitui um comportamento irresponsável, que pode ter consequências muito graves para a comunidade cristã".
Chamado à santidade
"As
diversidades vocacionais - conclui o Documento Final do Sínodo sobre os jovens
– inserem-se no único e universal chamado à santidade. Infelizmente o mundo
está indignado com os abusos de algumas pessoas da Igreja, antes que animados
pela santidade de seus membros”. Por isso a Igreja é chamada a "uma
mudança de perspectiva": por meio da santidade de tantos jovens dispostos
a renunciar à vida em meio a perseguições para permanecerem fiéis ao Evangelho,
pode renovar seu ardor espiritual e seu vigor apostólico.
O dom do Papa aos participantes do
Sínodo
Por
fim, como recordação do Sínodo dos Jovens, o Santo Padre deu a todos os
participantes um painel de bronze em baixo-relevo, representando Jesus e o
jovem discípulo amado. É uma obra do artista italiano Gino Giannetti, cunhada
pela Casa da Moeda do Estado da Cidade do Vaticano, emitida em apenas 460
exemplares.
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