Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Vinte e seis passos do Advento ao Natal

Vinte e seis passos do Advento ao Natal: A Igreja Católica em diálogo com a arte e o pensamento.



Advento: Vaticano lança campanha ecológica para preparar o Natal, inspirada na «Laudato Si» (c/vídeo)

Advento: Vaticano lança campanha ecológica para preparar o Natal, inspirada na «Laudato Si» (c/vídeo)


 Santo André


A 30 de novembro é celebrada a festa de Santo André Apóstolo, irmão de Pedro e patrono da Igreja Ortodoxa. As passagens dos Evangelhos que mostram como André aproximou algumas pessoas de Jesus lhe renderam o título de “ponte do Salvador”.

 

Santo André nasceu na Betsaida. De início, foi discípulo de João Batista e logo começou a seguir Jesus. Foi por intermédio dele que Pedro conheceu o Senhor. “Encontramos o Messias”, disse ao seu irmão.

 

Aparece ainda no episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, quando indica a Jesus um jovem que tinha apenas cinco pães e dois peixes.

 

Além disso, ao lado de Filipe, dirige-se a alguns gregos e os leva a conhecer o Salvador.

 

A tradição assinala que, depois do Pentecostes, o apóstolo André pregou em muitas regiões e foi crucificado na Acaia, Grécia. Diz-se que a cruz em que morreu tinha forma de “X”, a qual ficou conhecida popularmente como “cruz de Santo André”.

 

Esta cruz recebeu as seguintes palavras do apóstolo: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.

 

Santo André é também fundador da Igreja em Constantinopla, nome antigo da atual cidade do Istambul, na Turquia.

 

Em um dia como este em 2014, o Papa Francisco, sucessor do Pedro, e o Patriarca Bartolomeu, herdeiro de Santo André, renovaram na Turquia os laços de irmandade entre ambas as Igrejas.

 

Naquela ocasião, durante a homilia, Francisco dirigiu estas palavras ao Patriarca: “Amado irmão, caríssimo irmão, estamos já a caminho, a caminho para a plena comunhão e já podemos viver sinais eloquentes de uma unidade real, embora ainda parcial. Isso nos conforta e sustenta na prossecução deste caminho”.

 

Por fim, declarou: “Temos a certeza de que, ao longo desta estrada, somos apoiados pela intercessão do Apóstolo André e do seu irmão Pedro, considerados pela tradição os fundadores das Igrejas de Constantinopla e de Roma. Imploramos de Deus o grande dom da unidade plena e a capacidade de o acolher nas nossas vidas. E não nos esqueçamos jamais de rezar uns pelos outros”.

domingo, 29 de novembro de 2020

Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para o Advento - Conferência Episcopal Portuguesa


Mensagem da Conferência Episcopal Portuguesa para o Advento - Conferência Episcopal Portuguesa: Deus vem e enche o nosso tempo de “Bom-Dia”!

1. Advento. Deus vem. Deus vem, Deus saúda, Deus fala, Deus ama, Deus chama, Deus ordena, Deus escuta, Deus responde, Deus envia. Advento. Sujeito Deus. Primeiro Deus. O Deus do Advento, o Deus que Vem traz consigo uma grande carga verbal, que convém que se torne “viral” na nossa vida. Imitação de Deus. Deus que vem para nos dizer “Bom-Dia!”, que é o modo de fazer do Senhor Ressuscitado quando se apresenta no meio de nós, e diz: “Shalôm!”, “A Paz convosco!”.

2. Esta Saudação, este Shalôm, esta Paz, este “Bom-Dia”, que ressoa desde a Criação, entra em nós, enche-nos de Bondade e de Alegria, e faz-nos encontrar um modo novo de encarar a vida. Esta Saudação, este Shalôm, esta Paz, este “Bom-Dia”, estabelece connosco uma relação nova e boa, não nos transmite uma informação, não tem em vista um negócio, não solicita a nossa reflexão ou decisão. Não nos deixa a pensar, a escolher, a decidir. Apenas a responder. Apeia-nos, portanto, do pedestal do nosso “eu” patronal: eu penso, eu quero, eu decido, eu, eu, eu…, e deixa-nos apenas a responder. Apenas. Como se responder fosse coisa pouca. Responder ao Senhor da nossa vida. Ao “Bom-Dia” responde-se “Bom-Dia”. É a Bondade sete vezes dita na Criação, o Sentido da Criação e da Vida a passar de mão em mão, rosto a rosto, coração a coração. Do coração de Deus para o nosso coração. Dos nossos corações uns para os outros. Avenida ou torrente de Bondade e de Fraternidade. Advento. Deus vem e enche o nosso tempo de “Bom-Dia”!

3. Quando alguém te diz: “Bom-Dia!”, já sabes então o que isso significa, implica, replica, multiplica. Imagina agora que à beira da estrada encontras um pobre homem caído, abandonado, a esvair-se em sangue. Ao ver-te passar, balbucia para ti, ou apenas acende uma voz dentro de ti, que te diz, mesmo sem o dizer: “Olha para mim”, “olha por mim”, “cuida de mim”. Repara bem que o pobre não te diz: “Se quiseres, podes cuidar de mim”. Se assim fosse, podias pensar e decidir, sem precisares de descer do trono da tua sacrossanta liberdade de escolha. Mas o “cuida de mim” que o pobre balbucia para ti não é opcional: é uma súplica que é um mandamento; não tens opção de escolha; tu é que foste escolhido; tens de responder que sim, debruçando-te sobre o pobre desvalido que ordena e implora o teu auxílio. Repara bem: o pobre que jaz à beira da estrada elege-te e obriga-te, sem te obrigar, a debruçares-te sobre ele. Movimento inaudito: agora que te debruçaste sobre ele, que ordenou e implorou o teu auxílio, podes entender melhor a sua condição de soberano. Ele é, na verdade, o único verdadeiro soberano, pois sem te apontar nenhuma espingarda ou maço de dinheiro, fez com que tu te debruçasses sobre ele, libertando-te dos teus projetos e negócios, horários, agendas, calendários. Os poderosos e tiranos podem e sabem apenas escravizar-te. Mas não podem nem sabem libertar-te!

4. Por isso, o Deus que vem agora visitar-nos confunde-se com os pequeninos (cf. Mateus 25,40.45), e neles vem amorosamente ao nosso encontro, para conversar connosco, para nos dizer “Bom-Dia”, e ordenar suplicando: “Cuida de mim”. Estava atento Isaías, o profeta do Advento, que ouve Deus a dizer assim: «em lugar alto e santo Eu habito, mas estou também com os oprimidos e humilhados, para dar vida e alento aos que não têm espaço nem sequer para respirar, aos que têm o coração despedaçado» (Isaías 57,15). Bem podia o profeta dizer que Deus desceu à nossa pandemia. E nós, os habitantes da pandemia, bem podemos rever-nos no Salmista que reza: «Do “confinamento” invoquei o Senhor» (Salmo 118,5), chegando-nos a resposta outra vez através de Isaías: «No tempo favorável te respondi; no dia da salvação te socorri» (Isaías 49,8), resposta que Paulo também regista, atualiza e pontualiza: «É agora o tempo favorável! É agora o dia da salvação!» (2 Coríntios 6,2).

5. O andamento do Advento traz-nos um Deus que vem para o meio de nós e da nossa anemia e pandemia, e diz: “Bom-Dia”, e suplicando ordena: “Cuida de mim”. É terrível termos de assumir que, se não cuidamos bem dos pobres e necessitados, também não cuidamos bem de Deus! Mas é agora o tempo favorável! É agora o dia da salvação! É agora o tempo da enchente da Palavra de Deus, de que não devemos fugir, mas a que nos devemos expor. O nosso “eu” patronal e autorreferencial entrará em crise, e teremos de mudar comportamentos. Acolher e responder deve ser o nosso alimento. O Deus que vem não vem mudar as situações. Vem mudar os corações. E são os nossos corações mudados que podem mudar as situações. O Advento é tempo de mudança e de esperança. Celebrar o Advento é deixar entrar em nós esta torrente de Bondade, esta Saudação, este Shalôm, esta Paz, este “Bom-Dia”, este “Cuida de mim”. E responder “Bom-Dia!”, e responder que “Sim”.

6. Sim, porque a resposta de Deus hoje somos nós. «Desci a fim de libertar o meu povo da mão dos egípcios…», diz Deus a Moisés, mas pega logo em Moisés pela mão, e diz-lhe: «E agora vai; Eu te envio ao Faraó, e faz sair do Egito o meu povo» (Êxodo 3,8.10). Texto grandioso e emblemático. O Deus do Advento vem para o meio desta pandemia, pega na nossa mão, muda o nosso coração e envia-nos a mudar a situação. Está aberta a oficina do Advento: enquanto uns se afadigam na vacina, outros nos hospitais, outros nos lares, nas farmácias, na padaria, empenhemo-nos todos em encher este mundo de Paz, de Esperança e de “Bom-Dia”, à imagem e sob a proteção maternal de Maria!

Lisboa, 22 de novembro de 2020


sábado, 14 de novembro de 2020

Eucaristia pelas vítimas da pandemia, em Fátima, reuniu bispos e autoridades nacionais, evocando famílias, profissionais da saúde, investigadores e cuidadores


Para ler com atenção...


Irmãos e irmãs,

A pandemia que está a condicionar todo o planeta coloca-nos diante da evidência do dom precioso que é a vida humana e de todas as capacidades de que somos capazes para a defender, mas igualmente da fragilidade do nosso ser individual, das nossas realizações sociais, políticas, económicas e científicas, bem como do próprio mundo que habitamos. De certo modo, entrou em paralise quando isto chegou.

Celebrar diante de Deus aqueles que partiram como vítimas diretas e indiretas da pandemia significa reconhecê-los não apenas como números de uma estatística, mas como criaturas amadas de Deus, abrindo-se a um itinerário de vida que vai para além daquilo que conhecemos e podemos nesta terra.

Com aqueles e aquelas que nos deixaram, recordamos também quantos os acompanharam de mais perto na derradeira etapa da vida, a maior parte deles nos hospitais e nos lares, mas muitos no isolamento das suas casas: os profissionais da saúde, os investigadores, os cuidadores e colaboradores de tantas profissões e os que assumem a responsabilidade de organizar todo este esforço.

A sua dedicação, esforço, inteligência e abnegação são a expressão do apreço da nossa sociedade pela vida e de quanto está disposta a investir para defendê-la e apoiá-la, embora, tantas vezes, não seja coerente com esses objetivos.

Quem dera que sejamos capazes, como país e como humanidade, de manter esta hierarquia de valores, de proximidade e verdadeira misericórdia para com a fragilidade, tantas vezes dramática, da nossa condição humana e do planeta que habitamos.

Se aprendermos desta epidemia a cuidar uns dos outros e juntos deste mundo, teremos feito justiça e boa memória dos que partiram e dos esforços de quantos os acompanharam na última etapa da vida nesta terra.

No entanto, mesmo envidando todos os esforços, chegamos sempre à conclusão de que eles são limitados e, a um certo ponto, param, não podem ir mais além. Aceitar que a vida das pessoas e do planeta é sempre delicada e finita é uma lição desta crise que vivemos. Aceitar e integrar esta finitude num projeto de vida com sentido é a mensagem que nos trazem as leituras que acabámos de proclamar nesta Eucaristia.

A primeira leitura, tirada do livro de Job, certamente uma das obras-primas da tradição literária da humanidade, traz-nos o grito, não de um filosófico distante, mas da dura e dramática realidade de um homem justo e de sucesso, subitamente atingido por uma série de desgraças, vítima finalmente, depois de ver destruída e destroçada a sua família e os seus bens, de uma doença destrutiva que o isola e diante da perspetiva inevitável da morte. É bem a imagem de tantos homens e mulheres nestes últimos meses, mas sempre, de uma forma ou de outra, de toda a natureza humana.

Embora reconheça que não é perfeito, Job não aceita a ideia de que as suas desgraças são um castigo de Deus, com sugerem os que o observam e julgam, apontando o dedo, mas nunca estendendo a mão amiga. Não teoriza a dor nem a injustiça, mas sente-as dramaticamente na carne. O seu grito ecoa por toda a humanidade e por todos os tempos, como aflição, como protesto, como rebeldia, e finalmente como paradoxal confiança: “Eu sei que o meu redentor vive e, por último, sobre o pó se elevará. Mesmo que desfeita seja a minha pele, na minha própria carne verei a Deus. Eu mesmo o verei, os meus olhos o hão de contemplar e não como um estranho”.

O seu grito é, ao mesmo tempo de protesto pela situação aflitiva em que se encontra, de perplexidade, de incompreensão de si próprio e de Deus, mas igualmente de proclamação de uma confiança que nem ele sabe como exprimir, mas apenas gritar na sua dor. É como o grito de uma criança que nem sabe a razão por que chora, chora porque sabe que a mãe ouve. É esse grito de toda a humanidade, que não se conforma nem resigna, mas que se esforça por cuidar e amparar a vida em todos os seus momentos, e por encontrar sentido na luta por superar todas as crises que vai experimentando. Esse é Job.

Até ao fim da existência, Job não é um resignado, mas um lutador, não é um acomodado, um iludido com falsas esperanças, nem acomodado a soluções e explicações fáceis, mas um peregrino da verdade, da justiça, da vida. Esta é bem a imagem digna da humanidade que sonhamos.

Por outro lado, ele percebe que a vida é um dom absoluto e não apenas uma conquista: ninguém paga o bilhete de entrada nem a viagem de saída. Tudo é um milagre do cuidar e do amparar. Nascemos e sobrevivemos pela ação de outros que cuidaram de nós, porque senão não seríamos viáveis; foram eles que nos acompanharam no desabrochar da nossa vida. Ao sentir a proximidade de concluir o percurso existencial, Job percebe que o que se segue já não pode ser o resultado do engenho, nem sequer do carinho humano. Por isso, grita, argumenta e pede a Deus que faça jus ao seu nome de “justo e misericordioso” e se revele como Criador e Cuidador da sua fragilidade.

Esta é a dupla mensagem que Job nos deixa: investigar, procurar, interrogar-se, cuidar; e, ao mesmo tempo, confiar e abrir-se a um mundo onde só pode ser conduzido pela mão poderosa e carinhosa de Deus.

É isso também que nos dizem as irmãs de Lázaro, de que nos fala a leitura do Evangelho. É um texto todo ele simbólico, mas muito real, da situação de cada um e cada uma de nós. Estas irmãs têm consciência que a vida é o dom primeiro e fundamental de Deus. Sabem também que Deus se manifestou amigo e próximo em Jesus, amigo de família, que tinham convidado para casa, que tantas vezes tinha partilhado com eles o pão de cada dia. Quando o irmão adoeceu, tinham-lhe mandado dizer: “Lázaro, aquele de quem tu és amigo está doente”. Não dizem simplesmente “o teu amigo”, dizem “aquele de quem tu és amigo” está doente. Por isso, quando Jesus chega, três dias depois da morte de Lázaro, exclamam, em tom de luto, que não está isento de uma confiança ferida e de crítica velada: “Se tivesses estado aqui, o nosso irmão não teria morrido”. Quantas pessoas não têm tido esta experiência nestes dias, à beira de um túmulo dos seus queridos? Por que é que Deus, que o amava, não atuou? Por que é que se mantém silencioso e parece à distância?

Diante da dor das irmãs e da evidência do amigo morto, diz o evangelista que Jesus “se comoveu profundamente” e em seguida chorou. Essa é a expressão de Jesus, um como nós, que passou pelas nossas dores, as nossas perplexidades, que grita ao Pai, até, “por que me abandonaste?”. Esse é o sentir de Jesus perante o sofrimento e a morte. Ele sabe, por experiência própria, o que é o sofrimento e a morte; ama esta família amiga (que somos nós todos), cujo irmão morreu, e partilha o nosso luto, a nossa dor e as nossas lágrimas, como fez ao longo de toda a sua vida, com os doentes, os excluídos, os pecadores. Porque era um homem sensível, sentiu a fome da multidão; porque sabia o que era a dor, aproximava-se dos feridos, dos doentes; porque era alguém que via e sentia o sentido da vida, aproximava-se daqueles que não tinham esperança.

Mas não veio apenas para chorar e partilhar a nossa morte; veio para abrir as portas dessa prisão e grita, diz o evangelista, “profundamente perturbado”, diante do túmulo que, em breve, ele próprio também experimentará: “Retirem a pedra”, retirem o obstáculo desse túmulo que causa horror, separação e rejeição como dizem as irmãs: “Já cheira mal, é já o quarto dia”. É essa porta, diz Jesus, é essa pedra que é preciso arrancar. À voz de Jesus, o morto sai vivo, mas o que a família vê – o que nós vemos e nos causa perturbação – é ainda um morto, envolto nas ligaduras, que são esse modo humano de encerrar os defuntos na prisão subterrânea da morte.

Mas Jesus não vê assim os seus amigos que passaram desta vida. Por isso, dá outra indicação fundamental para esta família amiga: “Desatem essas ligaduras! Deixem-no ir!”. Não teimem em ver aqueles que já partiram simplesmente com o vosso sentir, o vosso saber e o vosso poder. Deus é maior, mais poderoso e carinhoso do que vós. Aquilo que sentis, uns pelos outros, é só o reflexo de quanto Deus vos ama. Vós já não controlais o caminho dos vossos queridos que partiram; eles estão nas mãos do Pai do céu. Cuidastes deles até aqui, mas o amor do Pai é maior do que o vosso e cuida deles por caminhos novos e transformados. Deixai-os ir em paz! Conservai a memória deles com carinho, continuai o bem que eles fizeram; sede misericordiosos com as suas faltas e limites e limpai da vossa mente os litígios e feridas que vos ficaram, pois é assim que Deus faz com eles e convosco.

Hoje, no meio da pandemia, celebrando a memória daqueles que partiram, Jesus vem visitar as nossas famílias feridas pela saudade  – particularmente aqueles que hoje choram os seus entes queridos – e, em muitos casos, estão sob o peso de não terem podido dar-lhes a presença e a assistência que desejavam; tolhidas pelo luto que não puderam fazer e que ainda dói. Como em casa da família de Lázaro, Ele que passou pela morte e está vivo para sempre, vem trazer-nos o conforto da sua presença amiga e abrir os nossos olhos e os nossos ouvidos para a grandeza do poder e do amor do Senhor, Criador e Pai do céu. Penso que Ele continua a sugerir ao nosso coração:

 

“Vinde a mim todos vós que andais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei” (Mt 11,28).

Vinde, vós que experimentais a dor e a doença, nos hospitais, nos lares ou nas famílias,

Vós que assistis os doentes até à exaustão e ao desânimo e que sois as minhas mãos para levantar, cuidar e acarinhar. Vós que não suportais mais confinamentos e limitações, e sentis desejo de irrefreável de liberdade, companhia e festa. Aprendei de mim a cuidar uns dos outros com responsabilidade, competência e generosidade. Sede portadores de vida e de bem e procurai não transmitir o mal a ninguém, mas ajudai quem precisa e partilhai com aqueles que não têm.

Conservai a memória dos vossos queridos com quem partilhastes a vida. Eu partilho e enxugo as lágrimas da vossa saudade,

pois o Pai do céu é que cuida deles com mão forte, fiel e misericordiosa.

Não vivais angustiados com a vossa vida e o vosso futuro,

Eu estarei sempre convosco, mesmo quando vos sentirdes sós e abandonados.

 

Tende confiança e cuidai uns dos outros e vencereis esta crise como construtores de um mundo mais justo, fraterno e em paz. E sereis peregrinos de uma Nova Cidade e um Mundo Novo, onde vos preparo o banquete da vida que não tem fim.

Amen.

D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal de Setúbal

 



 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

domingo, 1 de novembro de 2020

 


ORAÇÃO PARA A SEMANA DOS SEMINÁRIOS 2020

Senhor Jesus, filho muito amado do Pai,
envia a força suave do Espírito
para que desperte em todos nós
a decisão de irmos ter contigo para Te seguir.
Dá aos seminaristas amor à vocação
e a graça do compromisso de fidelidade ao Evangelho.
Faz dos nossos seminários comunidades de discípulos,
onde se vive a fraternidade mística.
Confirma nos dons do Espírito Santo os formadores;
recompensa e abençoa os benfeitores,
ampara o nosso Bispo e os nossos párocos,
para que sejam sempre fiéis ao dom do seu sacerdócio.
Que o Teu olhar desperte a generosidade
e a coragem dos jovens para Te seguirem.
Concede às nossas famílias a ousadia
de Te proporem como caminho, verdade e vida.
Senhor Jesus,
com a intercessão de Maria, Tua e nossa Mãe,
dá à Igreja, felizes e santas vocações sacerdotais. Ámen!

Hoje é Dia de Todos os Santos!