Convite
" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."
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sábado, 20 de fevereiro de 2021
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
IDEIAS
INSPIRADORAS NO E@D
@ Arte do
SER-Professor em formato digital
04/02/2021
A
presença pedagógica online do
professor pode correr o risco de se tornar impessoal com o uso das ferramentas
digitais. Sobretudo na modalidade a distância. Isto, caso não se tomem algumas
medidas que considero preventivas.
O
que é que nos distingue enquanto
professores, educadores, formadores?
Nós próprios!
É a nossa presença, a nossa voz, a nossa expressão facial e
corporal, a nossa forma de explicar, o nosso humor, a nossa expressão, a nossa
forma de vestir.
E
assim se pode gerar empatia com
quem nos relacionamos. Tudo coisas que a máquina não substitui, como é claro!
É
certo que a tecnologia, digital ou não, facilita alguns
processos e procedimentos como a comunicação, a avaliação, a
produção de instrumentos para
a recolha de informação ou de diversos tipos de feedback, entre
outros. Mas a nossa relação com a tecnologia deve ser humanizada e
não desligada da sua real intenção, que é a aprendizagem.
Pretende-se ter a máquina ao serviço dos humanos e não o
inverso, para não cairmos na frieza, na relação impessoal entre os principais
intervenientes no processo pedagógico-educativo mediado pelas máquinas e pelas
aplicações informáticas – os professores e os alunos.
A relação pedagógica é
uma relação viva e carregada de emoção, sinais
e simbolismos.
Não
pretendendo entrar no campo da semiótica, pois certamente existirão estudos de
qualidade desta ciência no campo da aprendizagem, a minha opinião é que caberá
a cada um de nós a responsabilidade, o dever de «humanizar» o
ensino a distância ou remoto de emergência.
Não
podemos nem devemos recear o uso das tecnologias digitais. Elas permitem, por
um lado, que em períodos de isolamento/confinamento, as funções da escola (socialização
e aprendizagem) sejam perenes. Por
outro lado, permitem melhores aprendizagens, ao mesmo tempo que facilitam e
aliviam o trabalho dos professores. E, neste segundo caso, refiro-me às três
modalidades – presencial, mista e a distância.
É
aqui que surge @
Arte de SER-Professor em formato digital.
Devemos
utilizar as tecnologias digitais de modo personalizado e pessoal,
«vestindo-as» com o nosso ADN. É desta forma que podemos aliviar um pouco a
ausência humana física dos ambientes digitais.
Dou-vos
o seguinte cenário como exemplo. Um aluno abre uma tarefa numa plataforma.
Vamos imaginar que seria impossível identificar o professor e a disciplina
dessa tarefa. Se, mesmo assim, o aluno diz, «Ah, esta tarefa é do professor
Vítor Bastos», é porque existe algo de diferenciador que
permitiu que o aluno associasse a tarefa a esse professor.
Como devem estar a pensar, convém que esta diferenciação seja
positiva, por o professor ser inovador e, sobretudo, criativo!
Recordo
alguns trabalhos que solicitei aos alunos, no âmbito da minha disciplina
(Geografia), como a construção, com recurso ao Minecraft, de
paisagens/ambientes associados à diversidade edafoclimática do planeta. Recordo
ainda algo mais simples: pedi aos alunos que fizessem uma síntese de um
documento geográfico recorrendo, para isso, a um mapa conceptual (p. ex., Coogle ou Miro).
Recordo ainda de pedir a criação de uma prancha (banda desenhada) na qual se
explicava um determinado conteúdo geográfico (p. ex., Pixton).
Recordo-me de pedir a criação de filmes síntese nos quais os alunos expuseram o
percurso dos seus trabalhos, com os pontos fortes e fracos, bem como as
dificuldades que tiveram na produção de um trabalho (p. ex., Flipgrid).
Recordo, por fim, diversos forms nos quais solicitei que respondessem a várias questões
para verificação das aprendizagens.
Reforço, em síntese, que é aqui que o professor pode ser
diferenciador-humanizador no uso das tecnologias digitais.
Não
é só o tipo de tarefas que se propõe ou as ferramentas digitais que se escolhem
para apoio às atividades e à aprendizagem. É, ao mesmo tempo, aquilo que de nós
mesmos(as) colocamos nessas atividades e ferramentas – por exemplo, o layout gráfico
e a linguagem utilizada. É essencial personalizar e dar o cunho pessoal.
Por
fim considero que n’ @
Arte do SER-Professor em formato digital, é fundamental que o
aluno sinta uma rede a ampará-lo. O acompanhamento das atividades com o
necessário e inerente feedback será o elemento fundamental para esta
humanização da tecnologia.
Vamos colocar o nosso ADN nas tarefas pedagógicas que propomos
aos nossos alunos!
E
é esta a @ Arte do SER-Professor em
formato digital, um título estranho para algo simples.
Nota
O título deste artigo, bem como algumas ideias aqui expressas,
surgiram de reflexões embebidas da leitura de um livro proposto por António
Dias Figueiredo: Zen e a arte da manutenção de motocicletas, de Robert M.
Pirsing.
Por Vitor
Bastos
Licenciado em Ensino da Geografia (FLUL); Mestre em Educação com a especialidade em Tecnologias Digitais (IEUL); Professor no Colégio Vasco da Gama; Microsoft Innovative Educator Expert (MIEE); Formador em Tecnologias Digitais Fundador de: iClass https://iclasscvg.com/ #somossolução (áreas: apoio a profissionais ligados à educação e formação, apoio a pais e alunos e ainda a recolha de equipamentos para as escolas emprestarem aos alunos).
https://auladigital.leya.com/