Convite
" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."
Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
sábado, 10 de julho de 2021
Isabella Piro - Vatican News
Como fazer férias "divinas"? Abre-se com esta pergunta, intencionalmente provocativa, o particular "Decálogo do cristão em férias" preparado pelos bispos franceses para este verão 2021.
A proposta do episcopado parte de um dado de fato: "Durante as férias, somos 'menos' cristãos. Antes ainda, às vezes não o somos de nenhuma maneira – lê-se no site da Conferência Episcopal (CEF). Permitimo-nos um tempo excepcional, uma festa sem Deus, domingos sem Missa. Resumidamente: Deus está de férias”. Neste sentido, a sugestão para conceber o tempo de ócio e de descanso também como “um itinerário no amor do Senhor”.
A primeira regra, então, será dedicar "tempo à caridade", refletindo sobre o "peso" que o amor terá durante as férias. “Este é um ponto essencial - sublinham os bispos - caso contrário, o período de verão corre o risco de ser somente egoísmo disfarçado de relax”.
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A segunda regra será “colocar Deus na mala”, isto é, bastará, por exemplo, levar consigo “uma pequena Bíblia, a vida de um Santo, uma pequena obra de Teologia”, explica a Conferência Episcopal francesa, sem esquecer “o Rosário, um pequeno ícone ou um crucifixo”.
Da mesma forma, o terceiro Mandamento convida a "levar Deus no coração em cada momento das férias", porque "a fé é a nossa ligação com o Senhor".
No quarto ponto, por outro lado, os bispos exortam os fiéis a "fugir dos lugares sem Deus", isto é, daquelas "situações ambíguas ou doentes que prejudicam o nosso vínculo com o Senhor e com o próximo".
O tempo das férias, de fato - e este é o quinto mandamento - deve ser entendido como “um longo domingo”, portanto, como “um tempo para dedicar um espaço somente a Deus”.
Por isso, como sexta regra, a CEF exorta a não “faltar à Missa” usando desculpas triviais, mas sempre participar do encontro com o Senhor.
Enfim, os quatro últimos mandamentos são indicações práticas para “contemplar, testemunhar, servir e alegrar-se”: contemplar a beleza presente “na natureza, na arte, no ser humano”, porque “sem contato com a beleza, ficamos áridos rapidamente”; dar testemunho de Cristo, porque “nas férias, não devemos nos limitar a 'permanecer' cristãos, mas também a despertar a fé nos outros”; servir ao próximo, porque colocar-se ao serviço do outro significa percorrer “o caminho de Deus”.
E, por fim, se alegrar: “O cristão se alegra em tudo porque sua alegria está antes de tudo em Deus - recorda a CEF. Longe do ideal mundano da ociosidade preguiçosa e desumanizante, o cristão exala alegria quando Deus dá sua graça, na verdade e a gratuidade do dom de si”.
“E no seu regresso, melhor do que as fotos orgulhosas das empreitadas turísticas - concluem os bispos - o cristão dará testemunho de um coração mais alegre por ter levado Deus de férias com ele”.
Vatican News Service - IP
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