Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

 Nasceu o Salvador



(Fotos do Natal de 2011, em Cabo Verde, Natal ÚNICO e verdadeiramente ESPECIAL na minha vida.) 

“O Natal, como todos sabemos, não são as lindas iluminações, as árvores de Natal, nem sequer o presépio, menos ainda as compras, as prendas, o “Pai Natal!”… Tudo isto pode ter o seu sentido e ajudar-nos a chegar a chegar a Jesus. O Natal é ELE. É o seu nascimento, a Sua festa, o dia de anos do nosso Salvador, o Messias Senhor.
Celebrar o Natal é um acto de fé profunda no amor louco de Deus que veio ao nosso encontro feito Menino. Aquela criança deitada na manjedoura e nascida de Maria, no curral em Belém, é nosso Deus, é nosso Rei, é nosso Senhor e Salvador. O Natal é a recordação jubilosa do seu nascimento.
Se Ele não nasce em nós, não renasce em nós, nas nossas vidas, nos nossos corações, não há natal autêntico, evangélico. (…) Sem isto, não celebramos Natal, pois em nós não há “nascimento”, não renascemos para Deus, para a graça, para a santidade, para a verdade, para a justiça, para a caridade. Só deste modo há Natal verdadeiro. Ele em nós, nós n’Ele.
Não brinquemos ao Natal(…) Sejamos alegres porque vamos ao encontro do Menino que está presente no pobre, no doente, no idoso, no que vive só. Só assim há verdadeiro Natal! Nasceu o Salvador. Saibamos acolhê-lo e dá-lo aos outros.(…) Sem Ele, não há festa verdadeira.”
Pe. Dário Pedroso, sj.

sábado, 24 de dezembro de 2011

“E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.”
Jo 1, 14


Saibamos Acolhê-Lo e dá-Lo aos outros. Saibamos fazer festa com Ele. Saibamos viver para o Menino que veio até nós para nos encher da Sua vida e do Seu amor.

FELIZ NATAL

domingo, 18 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE MADRE TERESA DE CALCUTÁ
Para nos ajudar a viver esta semana que antecede o NATAL..
 

“O amor, para ser verdadeiro, tem de doer. Não basta dar o supérfluo a quem necessita, é preciso dar até que isso nos machuque.”
, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.

Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém a quem eu dê um novo ânimo. Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que precise da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém a quem eu tenha de atender
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa de Calcutá
Oração
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida. Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água. Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo. Quando minha cruz parecer pesada, deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado. Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos. Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada, dai-me alguém a quem eu dê um novo ânimo. Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que precise da minha. Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém a quem eu tenha de atender
Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
Madre Teresa de Calcutá

sábado, 17 de dezembro de 2011

4º Domingo do Advento

http://www.youtube.com/watch?v=xIIbcq8Dd3M&feature=share 4º Domingo do Advento

ORAÇÃO EM MEMÓRIA DE CESÁRIA ÉVORA
Senhor da Vida e da morte
do Princípio e do Fim,

hoje Te damos graças
pelo dom da voz, da música e da arte
...
que são dons da Tua imensa bondade.
Obrigado Senhor pelos talentos
que a Tua filha Cesária Évora
cantou e musicou por todo o mundo.
Te dou graças Senhor, pela sua simplicidade,
pela sua humildade manifestadas
nos seus pés descalços andantes por
todas as latitudes de raças e culturas.
Acolhe a sua vida, no Teu Reino
e Dá-lhe a paz e a serenidade eternas.
E que o seu exemplo seja, para todo
o povo de Cabo Verde, sinal de grandeza
na pequenez e na simplicidade.
Amén

Cesária Évora



17 Dez, 17:40h
Poema de Morgadinho

ADEUS "CIZE" ADEUS CRIOLA



foto



Adeus "Cize " adeus criola
Mundo, câ tâ cabà
Vida tâ continua
E... bô voz tâ f'cà !.
///
Adeus “ Cize" adeus criola
Vida tem ligria
Vida tem tristeza
Mà bô garganta... ê nôs riqueza!..
//
Adeus "Cize" adeus criola
Mi mà... "nhâ trompete"
Tâ desejo-be
Paz e desconse na bô alma!...
//
Adeus " Cize " adeus criola
Jà nunca mais, nô tâ uvi
Na bô garganta... A MORNA "CIZE"!..

MORGADINHO

sábado, 10 de dezembro de 2011

http://youtu.be/_vLZ62pNH_83º Domingo do Advento - Domingo da Alegria

"Alegrai-vos empre no Senhor. Exultai de alegria: o Senhor está perto."

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

[ Em 1646, Portugal ajoelhou por inteiro aos pés da sua Rainha, a Imaculada Conceição. Esse gesto de então foi feito em perfeita comunhão nacional, a uma só voz, como se de uma só pessoa se tratasse. Em 2009, 363 anos depois, abre-se como medida de um círculo um novo ciclo de tempo. Não se repetindo a História, parece, contudo, repetir-se similar atmosfera de incerteza e de angústia... Vivemos hoje tão absolutamente subjugados ao domínio do relativismo e da tecnologia, que quase tomamos o Divino como inexistente e a natureza como adjacente. Neste vazio dificilmente imaginamos os Portugueses do nosso tempo abertos e confiantes no gesto admirável dos de outrora. Nao se repetindo, é certo, a História, pode, todavia, cada um de nós, em seu íntimo e como decisão vital, tornar-se fiel filho/servo da mesma Mãe/Rainha Imaculada, tal como há 363 anos o fez D. João IV. Ao fazê-lo, cada um ampliará num eco e na infinitude do seu coração o infinito amor a Nossa Senhora da Conceição, amor que os nossos antepassados semearam em nós. Agora, não sendo Portugal que se levanta como um só, é cada um que se levanta como sendo Portugal. Que se abra, pois, o nosso coração na terra fértil onde possam crescer livremente as flores que Maria Santíssima, por Jesus Cristo Nosso Senhor, deposita no trono do Pai Celeste. Portugal, na sua Gloriosa História, sempre defendeu a Conceição Imaculada de Nossa Senhora. Floresceu esta particular devoção no séc. XIII, e já no séc. XIV, em 1320, foi introduzida a festa da Imaculada Conceição por D. Raimundo, Bispo de Coimbra. Com a morte do Cardeal-Rei D. Henrique, em 1580 sobe ao trono durante um mês D. António, o Prior do Crato, que foi derrotado na Batalha de Alcântara, pelo exército enviado por Filipe II de Espanha, ficando Portugal sob o dominio espanhol durante quase 60 anos. Em 1639, começa-se a “preparar terreno” para a ascenção da Casa de Bragança ao trono, assim, após a revolução de 1 de Dezembro de 1640, D. João, Duque de Bragança, desloca-se para Lisboa onde foi aclamado Rei e logo depois manda celebrar na Capela Real, a 8 de Dezembro, imponente solenidade em honra de Maria Santíssima. O Rei “Restaurador” sentia o desejo de engradecer a Mãe de Deus por tantas graças concedidas a Portugal por Sua intercessão e, assim, no dia 25 de Março de 1646, estanto as cortes reunidas com o seu soberano, foi lida pelo secretário de Estado (depois de joelhos pelo Monarca) a Provisão Régia onde El-Rei consagrava Rainha de Portugal Nossa Senhora, desta forma os Monarcas Portugueses acharam por bem abdicarem da coroa nas suas cabeças, passando a serem representados ao lado da mesma. Mais tarde, no reinado de D. Pedro II, o Papa Clemente X respondeu ao pedido de D. João IV que a Imaculada Conceição fosse a “Senhora das terras Lusitanas”. O Papa enviou um breve Apostólico: “Exima dilectissima”, dado a 8 de Maio de 1671, confirmando a eleição de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira principal de Portugal. No proximo dia 25 de Março, Vila Viçosa, o altar da Pátria Portuguesa, volta a enfeitar-se em trono florido, sob o manto azulíssimo de Maria Rainha, qual céu protector, ao qual ajoelhe cada Português e que ao erguer-se, se saiba semente fértil e flor pequenina, flor aberta para sempre à Majestade e Grandeza Paternal e Amorosa de Deus. ]
Seminarista Tiago Pacheco Pinto

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


HÁBITOS DE RICO

Os portugueses, todos os portugueses, sofrem um único problema: hábitos de rico. Dívidas, falências, austeridade vêm daqui: acostumámo-nos ao que não podemos pagar.

Dizer isto é escandaloso. "Rico! Eu! Hábitos de rico têm os corruptos, políticos e poderosos, que gastam demais e arruínam o País. Mas pobres e classe média, não! Isso é truque para desculpar os grandes."

A culpa de corruptos e responsáveis é evidente, e muitos estão a sair impunes. Mas ela não chega para explicar um buraco deste tamanho. O problema do País é que todos gastam um bocadinho mais do que podem. Não é muito, mas esse pouco multiplicado por milhões de cidadãos honestos dá uma fortuna. Uma praga de gafanhotos come mais que meia dúzia de elefantes.

Os hábitos de rico não nos devem admirar porque os vemos bem, com outro nome. Chamam--se "critérios europeus". Todos exigem níveis comunitários, que são apenas hábitos de rico. Isso vê-se, primeiro porque essas exigências são as dos nossos parceiros mais abastados que nós, com quem convergimos, mais nos costumes de consumo que nas práticas de trabalho. Segundo, porque evidentemente não o conseguimos pagar, como mostra a dívida nacional que se acumulou inexoravelmente.

Outra prova de que o problema é geral, e não só dos chefes, está nos protestos destes dias. Muitos se indignam pelos cortes que aí vêm. A revolta é compreensível, exigindo que os ricos paguem. Mas ao mesmo tempo ela mostra como todos beneficiámos do trem de vida nacional, que se mostrou insustentável. Protestamos pelas reduções nos transportes, hospitais, escolas, sem reparar que o défice desses serviços, que todos usávamos, manifesta que eles estavam dimensionados para um nível que não podemos suportar. Aliás, quem fez a suposta "greve geral" foram só esses sectores protegidos. Funcionários, serviços públicos e afins podem reclamar, enquanto os mais afectados nunca se dão a esse luxo. Em Portugal os pobres não têm tempo para manifestações.

Tudo isto significa que a questão não está tanto na gravidade da situação, mas na disparidade entre realidade e expectativa. Se o pior dos colapsos económicos se vier a verificar, Portugal terá nos próximos tempos um nível de vida semelhante ao de há 15 anos. Isto é evidente exagero, implicando uma catástrofe que ninguém sensatamente prevê. Mas mesmo que esse cenário tão negro se concretizasse, temos de dizer que nos deixaria numa situação razoável. Aqueles que cá viviam em 1996 não se davam assim tão mal. Como é possível que essa circunstância, então aceitável, agora inspire tanto terror? Simplesmente porque as nossas ambições cresceram imenso nestes 15 anos. Ganhámos hábitos de rico.

Os sinais vêem-se em todo o lado. Hoje só andamos de carro com colete reflector, gasolina sem chumbo, inspecção periódica. Os períodos de chuva são "alerta amarelo na meteorologia". Não se vive sem TV por cabo com dezenas de canais e pelo menos dois telemóveis. Isto para não falar nas múltiplas exigênci-as de directivas eu- ropeias, ASAE, etc. Tudo coisas que há anos ninguém tinha, vivendo feliz, e se transformaram em necessidades básicas.

Isso também se manifesta no terrível drama do desemprego, o mais elevado de sempre, ao lado da enorme comunidade imigrante, também maior que nunca, que faz os trabalhos que os portugueses não querem. Dizemos que a solução nacional está na agricultura, pescas e indústria, mas ninguém quer ir para os campos, embarcar ou ser operário. Essas apostas estratégicas só seriam realizáveis com ucranianos, que também fazem funcionar outros sectores.

Encontramo-nos hoje na situação dramática dos nobres falidos, educados numa abundância que entretanto acabou. Esses são mais miseráveis que os seus criados, pois nem sequer sabem o que fazer para governar a vida.

Se o problema é este, qual a saída? Castigar corruptos e terminar abusos é indispensável, mas não chega. É preciso mudar de hábitos. Não há escolha. Falhar no programa da troika e sair do euro implicaria um colapso tal que os sacrifícios actuais pareceriam suaves.
JOÃO CÉSAR DAS NEVES

DN 20111205

domingo, 4 de dezembro de 2011



Advento
Advento, tempo de espera. Não apenas de um dia, mas daquilo que os dias, todos os dias, de forma silenciosa, transportam: a Vida, o mistério apaixonante da Vida que em Jesus de Nazareth principiou.
Advento, tempo de redescobrir a novidade escondida em palavras tão frágeis como "nascimento", "criança", "rebento".
Advento, tempo de escutar a esperança dos profetas de todos os tempos. Isaías e Bento XVI. Miqueias e Teresa de Calcutá.
Advento, tempo de preparar, mais do que consumir. Tempo de repartir a vida, mais do que distribuir embrulhos.
Advento, tempo de procura, de inconformismo, até de imaginação para que o amor, o bem, a beleza possam ser realidades e não apenas desejos para escrever num cartão.
Advento, tempo de dar tempo a coisas, talvez, esquecidas: acender uma vela; sorrir a um anjo; dizer o quanto precisamos dos outros, sem vergonha de parecermos piegas.
Advento, tempo de se perguntar: "há quantos anos, há quantos longos meses desisti de renascer?"
Advento, tempo de rezarmos à maneira de um regato que, em vez de correr, escorre limpidamente.
Advento, tempo de abrir janelas na noite do sofrimento, da solidão, das dificuldades e sentir-se prometido às estrelas, não ao escuro.
Advento, tempo para contemplar o infinito na história, o inesperado no rotineiro, o divino no humano, porque o rosto de um Homem nos devolveu o rosto de Deus.

P. José Tolentino Mendonça
© SNPC | 04.12.11


sábado, 3 de dezembro de 2011

2º Domingo do Advento



2ª CATEQUESE/REFLEXÃO
História do Advento
Desenvolvimento histórico do tempo litúrgico do Advento
Não pode ser determinada com exactidão quando foi introduzida na Igreja a celebração do Advento. A preparação para a festa de Natal não deve ser anterior à existência da própria festa, e desta não encontramos evidência antes do final do século IV quando era celebrada em toda a Igreja, por alguns no dia 25 de Dezembro, por outros em 6 de Janeiro.
Por razões históricas, a festa do nascimento de Cristo não pode ser celebrada, publicamente, nos primeiros séculos da Igreja. Apenas em 313, passou a ser reconhecida e protegida pelo Imperador romano, Constantino. Alguns anos mais tarde, por volta de 330, esta festa foi instituída, para dar um sentido novo a uma festa pagã, que lhe era anterior: a festa do solstício de Inverno, que tinha sido criada por Aureliano, no ano de 274. Com esta festa, os romanos celebravam antecipadamente a fertilidade dos campos e o “nascimento” do sol. Os cristãos deram uma dimensão totalmente original, substituindo o astro-sol pelo “Verdadeiro Sol”, o “Sol da Justiça”, o único que traz a vida ao mundo, Jesus Cristo.
Lemos nas actas de um sínodo de Zaragoza, em 380, um cânon que prescreve que desde 17 de Dezembro até à festa da Epifania ninguém deveria faltar na igreja. Temos duas homilias de São Máximo, Bispo de Turim (415-466), intituladas "In Adventu Domini", mas não fazem referência a nenhum tempo especial. O título pode ser a adição de um copista. Existem algumas homilias, provavelmente a maior parte de São Cesáreo, Bispo de Arles (502-542), nas quais encontramos menção de uma preparação antes do Natal; todavia, a julgar pelo contexto, não parece que exista nenhuma lei geral sobre a matéria. Um sínodo desenvolvido (581) em Macon, na Gália, em seu nono cânon, ordena que desde o dia 11 de Novembro até ao Natal o Sacrifício seja oferecido de acordo com o rito quaresmal nas Segundas, Quartas e Sextas-feiras da semana. O Sacramentário Gelasiano anota cinco domingos para o tempo; estes cinco eram reduzidos a quatro pelo Papa São Gregório VII (1073-85). A colecção de homilias de São Gregório Magno (590-604) começa com um sermão para o segundo Domingo de Advento. No ano 650, o Advento era celebrado na Espanha com cinco Domingos. Vários sínodos fizeram cânones sobre os jejuns a observar durante este tempo, alguns começavam no dia 11 de Novembro, outros no 15, e outros com o equinócio de Outono. Outros sínodos proibiam a celebração do matrimónio. Na Igreja grega não encontramos documentos sobre a observância do Advento até ao século VIII. Teodoro o Estudita (m. 826), que falou das festas e jejuns celebrados comumente pelos Gregos, não faz menção deste tempo. No século VIII, desde o dia 15 de Novembro até ao Natal, é observado não como uma celebração litúrgica, mas como um tempo de jejum e abstinência que foi posteriormente reduzido a 7 dias. Mas um concílio dos Rutenianos (1720) ordenava o jejum de acordo com a velha regra desde o 15 de Novembro. Esta é a regra ao menos para alguns dos Gregos. De maneira similar, os ritos Ambrosiano e Moçárabe não têm liturgia especial para o Advento, mas somente o jejum.

3ª CATEQUESE/REFLEXÃO
Teologia e Espiritualidade do Advento
Para os cristãos, este termo indica a vinda do Messias, longamente esperado, concretizada na Encarnação de Jesus Cristo. Contudo, o Advento de Jesus apenas se realizará, totalmente, com a sua vinda gloriosa e final, nos fins dos tempos, o qual a Igreja peregrinante espera, vigilante e jubilosamente. De resto, a palavra “advento” deriva do latim “ adventus”, vinda.
O Mistério da Encarnação do próprio Filho de Deus, que se fez Homem tal como nós, não deixa de provocar emoção e júbilo nos cristãos de todos os tempos. De facto, só à luz da Sua morte e Ressurreição, a Sua encarnação ganha pleno sentido. Toda a Sua vida é redentora. Com o seu nascimento, teve início a nossa salvação. Este mistério sempre fez suscitar a necessidade dum tempo de preparação e aprofundamento do nascimento de Jesus e da Parusia (vinda gloriosa, no fim dos tempos).
À luz da liturgia da Igreja podemos resumir algumas linhas do pensamento teológico e da vivência existencial deste tempo de graça.
1. Advento, tempo de Cristo: a dupla vinda
A teologia litúrgica do Advento orienta-se em duas perspectivas: a espera da Parusia, revivida com os textos messiânicos escatológicos do Antigo Testamento, e a perspectiva do Natal, que renova a memória de algumas destas promessas, já cumpridas, ainda que não definitivamente.
O tema da espera é vivido na Igreja com a mesma oração que ressoava na assembleia cristã primitiva: o Marana-tha (Vem Senhor) ou Maran-athá (o Senhor vem) dos textos de Paulo (1 Cor 16,22) e do Apocalipse (Ap 22,20), que se encontra também na Didaché e, hoje, numa das aclamações da oração eucarística. Todo o Advento ressoa como um "Marana-thá" nas diferentes modulações que esta oração adquire nas preces da Igreja.
A palavra do Antigo Testamento convida a repetir na vida a espera dos justos que aguardavam o Messias; a certeza da vinda de Cristo na carne estimula a renovar a espera da última aparição gloriosa na qual as promessas messiânicas terão total cumprimento, já que até hoje se cumpriram só parcialmente. O primeiro prefácio de Advento canta esplendidamente esta complexa, mas verdadeira, realidade da vida cristã.
O tema da espera do Messias e a comemoração da preparação para este acontecimento salvífico atinge o auge nos dias que precedem o Natal. A Igreja sente-se submersa na leitura profética dos oráculos messiânicos. Lembra-se de nossos Pais na Fé, escuta Isaías, recorda o pequeno núcleo dos “anawim” de Yahvé que está ali para esperá-lo: Zacarias, Isabel, João, José, Maria.

O Advento é, pois, uma intensa e concreta celebração da longa espera na história da salvação, com o descobrimento do mistério de Cristo ao longo de toda a Escritura. Esta celebração sugere a leitura da nossa história como uma presença e uma espera de Cristo que vem.
O Advento é uma redescoberta da centralidade de Cristo na História da Salvação. Através dos seus títulos messiânicos (Messias, Libertador, Salvador, Esperado das nações, Anunciado pelos profetas) ele é visto como a personagem central, a chave do arco de uma história, da história da salvação.

2. Advento tempo por excelência de Maria, a Virgem da espera
O Advento é, por excelência, o tempo mariano do ano litúrgico. Paulo VI expressa isso com toda a autoridade na “Marialis Cultus” (3-4).
Historicamente a memória de Maria na liturgia surgiu com a leitura do Evangelho da Anunciação antes do Natal naquele que, com razão, foi chamado o domingo mariano prenatalício.

Hoje o Advento recupera plenamente este sentido com uma série de elementos marianos da liturgia, que podemos sintetizar da seguinte maneira:
– Desde os primeiros dias do Advento há elementos que recordam a espera e a acolhida do mistério de Cristo por parte da Virgem de Nazaré.
– A solenidade da Imaculada Conceição celebra-se como "preparação radical à vinda do Salvador e feliz principio da Igreja sem mancha nem ruga” (Marialis Cultus 3).
– Dos dias 17 a 24, o protagonismo litúrgico da Virgem é muito característico nas leituras bíblicas, no terceiro prefácio de Advento, que recorda a espera da Mãe, em algumas orações, como a do dia 20 de Dezembro que nos traz um antigo texto do Rótulo de Ravena, ou na oração sobre as oferendas do IV domingo, que é uma epiclese significativa que une o mistério eucarístico com o mistério de Natal num paralelismo entre Maria e a Igreja na obra do único Espírito.
Numa formosa síntese de títulos, I. Calabuig apresenta assim a figura da Virgem do Advento:
- é a "Cheia de graça", a "bendita entre as mulheres", a "Virgem", a "Esposa de Jesus", a "serva do Senhor";
- é a mulher nova, a nova Eva que restabelece e recapitula no desígnio de Deus pela obediência da fé o mistério da salvação;
- é a Filha de Sião, a que representa o Antigo e o Novo Israel;
- é a Virgem do “fiat”, a Virgem fecunda, a Virgem que escuta e acolhe.
Na sua exemplaridade para a Igreja, Maria é plenamente a Virgem do Advento na dupla dimensão que a liturgia tem sempre na sua memória: presença e exemplaridade. Presença litúrgica na palavra e na oração, para uma memória grata dAquela que transformou a espera em presença, a promessa em dom. Memória de exemplaridade para uma Igreja que quer viver como Maria a nova presença de Cristo, com o Advento e o Natal no mundo de hoje.
Na feliz subordinação de Maria a Cristo e na necessária união com o mistério da Igreja, Advento é o tempo da Filha de Sião, Virgem da espera que no "fiat" antecipa o Marana-thá da Esposa; como Mãe do Verbo Encarnado, humanidade cúmplice de Deus, tornou possível o seu ingresso definitivo, no mundo e na história do homem.
3. Advento, tempo da Igreja missionária e peregrina
A liturgia, com o seu realismo e os seus conteúdos, põe a Igreja num tempo de características e expressões espirituais: a espera, a esperança, a oração pela salvação universal.
Preparando-nos para a festa de Natal, pensamos nos justos do AT que esperaram a primeira vinda do Messias. Lemos os oráculos dos seus profetas, cantamos seus salmos e recitamos suas orações. Mas não fazemos isto pondo-nos em seu lugar como se o Messias ainda não tivesse vindo, mas para apreciar melhor o dom da salvação que nos trouxe. O Advento para nós é um tempo real. Podemos recitar com toda verdade a oração dos justos do AT e esperar o cumprimento das profecias porque estas ainda não se realizaram plenamente; cumprir-se-ão com a segunda vinda do Senhor. Devemos esperar e preparar esta última vinda.
No realismo do Advento podemos recolher algumas actualizações para a oração litúrgica e participação da comunidade:
– A Igreja ora por um Advento pleno e definitivo, por uma vinda de Cristo para todos os povos da terra que ainda não conheceram o Messias ou não reconhecem ainda o único Salvador.

– A Igreja recupera no Advento a sua missão de anúncio do Messias a todas as gentes e a consciência de ser "reserva de esperança" para toda a humanidade, com a afirmação de que a salvação definitiva do mundo deve vir de Cristo com a sua definitiva presença escatológica.

– Num mundo marcado por guerras e contrastes, as experiências do povo de Israel e as esperas messiânicas, as imagens utópicas da paz e da concórdia, tornam-se reais na história da Igreja de hoje que possui a actual "profecia" do Messias Libertador.
– Na renovada consciência de que Deus não desdiz as suas promessas –confirma-o o Natal! – a Igreja através do Advento renova a sua missão escatológica para o mundo, exercita a sua esperança, projecta todos os homens um futuro messiânico do qual o Natal é primícia e confirmação preciosa.

À luz do mistério de Maria, a Virgem do Advento, a Igreja vive neste tempo litúrgico a experiência de ser agora "como uma Maria histórica" que possui e dá aos homens a presença e a graça do Salvador.

A espiritualidade do Advento resulta assim uma espiritualidade comprometida, um esforço feito pela comunidade para recuperar a consciência de ser Igreja para o mundo, reserva de esperança e de gozo. Mais ainda, de ser Igreja para Cristo, Esposa vigilante na oração e exultante no louvor do Senhor que vem.


4ª CATEQUESE/REFLEXÃO
Estrutura do tempo de Advento
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas.
Começa com as vésperas do domingo mais próximo ao 30 de Novembro e termina antes das vésperas do Natal. São 4 os domingos do Advento.
Podemos distinguir dois períodos. No primeiro deles, que se estende desde o primeiro domingo do Advento até o dia 16 de Dezembro, aparece com maior relevo o aspecto escatológico e nos é orientado à espera da vinda gloriosa de Cristo. As leituras da Missa convidam a viver a esperança na vinda do Senhor em todos os seus aspectos: a sua vinda no fim dos tempos, a sua vinda agora, cada dia, e a sua vinda há dois mil anos.

O segundo período, do dia 17 até ao dia 24 de Dezembro, inclusivé, orienta-se mais diretamente para a preparação do Natal. Somos convidados a viver com mais alegria, porque estamos próximos do cumprimento do que Deus prometera. Os evangelhos destes dias preparam-nos directamente para o nascimento de Jesus.
Não é acidental o facto de o Advento ter estas duas etapas bem definidas dentro de uma única unidade. A primeira enfatiza a necessidade de conversão permanente, enquanto condição indispensável para a salvação. A segunda privilegia a preparação próxima do mistério da encarnação do Verbo de Deus. Compreende-se pelo facto da necessidade duma preparação gradualmente mais exigente, dos pontos centrais do advento.

Temos quatro semanas nas quais de domingo a domingo nos vamos preparando para a vinda do Senhor.
A primeira semana do Advento está centralizada na vinda do Senhor no final dos tempos. A liturgia convida-nos a estar vigilantes, mantendo uma especial atitude de conversão. Acentua a vigilância na espera da vinda do Senhor. Durante esta primeira semana as leituras bíblicas são um convite a esta vigilância. “Vigiai e estai preparados, pois não sabeis quando chegará o momento”.
A segunda semana convida-nos, por meio de João Baptista a “preparar os caminhos do Senhor”; isto é, a manter uma atitude de permanente conversão. Jesus continua a chamar-nos, pois a conversão é um caminho que se percorre durante toda a vida. Para a planificação pastoral este é u mtempo privilegiado para a celebração do Sacramento da Reconciliação.

A terceira semana pre-anuncia já a alegria messiânica, pois já está cada vez mais próximo o dia da vinda do Senhor..
Finalmente, a quarta semana fala-nos do advento do Filho de Deus ao mundo. Maria é a figura central, e a sua espera é modelo e estímulo da nossa espera.
Quanto às leituras das Missas dominicais, as primeiras leituras são tomadas de Isaías e dos demais profetas que anunciam a reconciliação de Deus e a vinda do Messias. Nos três primeiros domingos recolhem-se as grandes esperanças de Israel, e no quarto, as promessas mais directas do nascimento de Deus. Os salmos responsoriais cantam a salvação de Deus que vem; são orações pedindo a sua vinda e a sua graça. As segundas leituras são textos de São Paulo ou das demais cartas apostólicas, que exortam a viver em espera a vinda do Senhor.
Quase todas as eucaristias deste período, englobam uma leitura de S. Paulo, com exortações expressivas e orientações precisas, para vivermos bem o aAdvento, enquanto tempo de preparação espiritual e de esperança. A Igreja é e será, até ao fim dos tempos, uma realidade em constante aperfeiçoamento. Constituída por homens e mulheres marcados pelo pecado, tem a obrigação e a necessidade vital de conversão constante.

Se João Baptista, na fase intermédia do Advento, é figura-chave, pelo apelo vigoroso à conversão e à vinda eminente do Messias, já Maria tem um lugar de relevo na fase final, mormente no último domingo, onde são narrados os acontecimentos que precedem, quase de imediato, o nascimento do Salvador.

5ª CATEQUESE/REFLEXÃO
Liturgia do Advento
O Advento é um tempo litúrgico que começa no Domingo mais próximo à festa de Santo André Apóstolo (30 de Novembro) e abarca quatro Domingos. O primeiro Domingo pode ser adiantado até 27 de Novembro, e então o Advento tem 28 dias, ou atrasar-se até ao dia 3 de Dezembro, tendo somente 21 dias.
Com o Advento começa o ano litúrgico nas Igrejas ocidentais.
Com a intenção de fazer sensível esta dupla preparação de espera, a liturgia suprime durante o Advento uma série de elementos festivos.
Desta forma, na Missa omite-se o Glória. O Aleluia, no entanto, mantém-se. No Ofício Divino omite-se o Te Deum, jubiloso hino de louvor e acção de graças. Nas celebrações usam-se vestes de cor roxa. Faz-se uma exceção no terceiro Domingo (Domingo Gaudete), no qual as vestes podem ser rosa, ou de um violeta enriquecido. Reduz-se a música com instrumentos e os enfeites festivos, a decoração da Igreja é mais sóbria.
Todas estes elementos são uma maneira de expressar tangivelmente que, enquanto dura o nosso peregrinar, nos falta algo para que o nosso gozo seja completo. E quem espera, é porque lhe falta algo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, terá chegado a Igreja à sua festa completa, significada pela Solenidade do Natal.
Não sendo um tempo de penitência, o Advento caracteriza-se, contudo, pela renúncia sensível à exuberância dos meios expressivos exteriores: a austeridade e a interioridade marcam o seu clima espiritual. É importante que os sentidos captem a novidade e advirtam a diferença, desde a entrada na igreja: cores, luz, arranjos da igreja, canto e música.
Todos os dias de Advento devem ser celebrados no Ofício e Missa do Domingo ou Festa correspondente, ou ao menos deve ser feita uma Comemoração dos mesmos, independentemente do grau da festa celebrada.
O repertório de cânticos deve mudar completamente em relação ao Tempo Comum. É bom que os fiéis comecem a identificar o tempo litúrgico através do canto e, nomeadamente, do Cântico de Entrada. As assembleias com menos possibilidades poderão usar cânticos comuns para todo o Advento, escolhendo um para cada momento.
Vai-se tornando hábito, também entre nós, o uso da coroa de advento, entretecida de ramos verdes, com quatro velas que sucessiva e progressivamente se vão acendendo do 1º ao 4º Domingo, num crescendo de luz e de esperança. Nas famílias o acender de mais uma vela em cada Domingo poderá ser uma bela forma de motivar a oração comum.

6ª CATEQUESE/REFLEXÃO
Personagens do Advento

Apresentação das figuras bíblicas típicas do Advento: Isaías, João Baptista, Maria, José, Anjo Gabriel.
Isaías: A figura da EsperaAs leituras do Advento colocam-nos em contacto frequente com Isaías.
É o profeta por excelência do tempo da espera.
Tudo deve ceder perante este visionário, emocionado pelo esplendor futuro do Reino de Deus inaugurado com a vinda de um Príncipe de Paz e Justiça.
O profeta é conhecido apenas pelas suas obras, mas estas são tão características que através delas podemos conhecer a sua pessoa.
Isaías viveu no século VIII a.C, numa época de esplendor e prosperidade. Raramente os reinos de Judá e Samaria haviam conhecido tal optimismo. No meio deste frágil paraíso, Isaías vai erguer-se valorosamente e realizar a sua missao: mostrar ao seu povo a ruína que o espera, devido à sua negligência.

Era originário de Jerusalém e pertencia a uma família de elevada posição social. Pensa-se que recebeu uma educação esmerada nas escolas de escribas e de “sábios” onde se formavam os funcionários da corte real; cultivou a sua sensibilidade poética e a sua tendência criativa. Conseguiu exprimir-se num estilo inovador, repleto de imagens e de imponência religiosa.
Alimentado pela literatura dos seus predecessores, principalmente Amós e Oseias, Isaías prevê como eles, inspirado por seu Deus, o que será a história de seu país.
Isaías foi chamado pelo Senhor "no ano da morte do rei Ozias", por volta do ano 740, quando estava no templo, com os lábios purificados por uma brasa trazida por um Serafim (Is 6, 113). A partir deste momento, Isaías já não se pertence. Não porque seja um simples instrumento passivo nas mãos de Yahvé; pelo contrário, todo o seu dinamismo vai ser colocado ao serviço do seu Deus, convertendo-se em seu mensageiro.
Será um mensageiro terrível que anuncia o despojamento de Israel, a quem só restará um pequeno sopro de vida. Superando a situação presente na qual se misturam cobardias e compromissos, vê o castigo futuro que direccionará os caminhos tortuosos. O reino de Judá vai passar pela devastação e a ruína. O início da obra de Isaías, que originará a lenda do boi e do asno no presépio, marcam seu pensamento e seu papel. Yahvé é todo para Israel, mas Israel é mais estúpido que o boi que conhece o seu dono, ignora o seu Deus (Is 1, 2-3).
Isaías não se isolará no papel de pregador moralizante. Torna-se o grande anunciador da Parusia, da vinda de Yahvé. Assim com Amós se tinha levantado contra a sede de dominação que avivava a brilhante situação de Judá e Samaria no século VIII, Isaías prediz os cataclismos que se desencadearão no dia de Yahvé (Is 2, 1-17). Esse dia será para Israel o dia do juízo.
Para Isaías, como mais tarde para São Paulo e São João, a vinda do Senhor traz consigo o triunfo da justiça. Os capítulos 7 a 11 vão nos descrever o Príncipe que governará na paz e na justiça (ls 7, 10-17).

Numa linguagem poética, anuncia o Messias e canta o júbilo que faria estremecer as entranhas do seu povo.
O nascimento do Emanuel, "Deus conosco", reconfortará um reino dividido pelo cisma de dez tribos. O anúncio deste nascimento promete, pois, aos contemporâneos de Isaías e aos ouvintes do seu oráculo, a sobrevivência do reino, apesar do cisma e da devastação. Príncipe e profeta, esse menino salvará por si mesmo seu país.
Mas, por outro lado, a apresentação literária do oráculo e o modo como Isaías insiste no caráter libertador deste menino, cujo nascimento e juventude são dramáticos, fazem pressentir que o profeta vê neste menino a salvação do mundo.
Segundo Isaías, a única atitude fundamental é a fé, a renúncia a qualquer segurança baseada na política ou nas armas. Só a fé no Senhor pode salvar. Nada do que acontece no mundo escapa à soberania de Deus, que dirige os destinos dos homens de acordo com um “plano” oculto, muitas vezes desconcertante, mas sempre mais sábio que o dos homens.
Mesmo nos momentos de maior perigo, Isaías promete a libertação a quem puser toda a sua confiança no Senhor. É o maior dos profetas messiânicos. O Messias que anuncia é um descendente de David que fará reinar a justiça e a paz sobre a terra.
João Baptista: A figura da PreparaçãoSegundo o próprio Cristo, “entre os nascidos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Batista; e, no entanto, o mais pequeno no reino do céu é maior do que ele “ (Mt 11,11).

João Baptista coincide com Isaías no pensamento e na mensagem. Isaías está presente em João Baptista como João Baptista está presente Naquele para quem veio preparar o caminho.

João Baptista é o precursor por excelência e o último profeta a anunciar a vinda eminente do Messias tão esperado, embora de forma tão inesperada.
São Lucas conta-nos com detalhe o anúncio do nascimento de João (Lc 1, 5-25). O anúncio do nascimento de João é solene. Realiza-se no âmbito litúrgico do templo. A sua chegada não passará despercebida e muitos se alegrarão com seu nascimento (Lc 1, 14); abster-se-á de vinho e bebidas embriagantes, será um menino consagrado e, como prescreve o livro dos Números (6, 1), não beberá vinho nem licor fermentado. O Espírito habita nele desde o seio de sua mãe. A sua vocação de asceta une-se à de guia do seu povo (Lc 1, 17).
João Baptista é sinal da irrupção de Deus no seu povo. O Senhor visita-o e realiza a aliança que havia prometido.
O papel de João Baptista como Precursor é muito preciso: preparar os caminhos do Senhor (Is 40,3); deverá anunciar um baptismo no Espírito para a remissão dos pecados, um baptismo que será luz “para iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte “ (Lc 1,79), como dirá Zacarias, no Cântico que entoou quando pôde falar. Conhece a sua missão e designa-se a si mesmo como “a voz que clama no deserto”. Depois, já a viver no meio dos homens, compete-lhe indicar aquele que é “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), anunciando-lhes que estava entre eles e não O conheciam.
João Baptista dá-nos uma lição de silêncio e de recolhimento para poder dar testemunho; para poder denunciar o pecado com corajosa e franca honestidade; também para poder anunciar a morte e ressurreição do Senhor, porque “mais pequeno no reino do céu é maior do que ele” (Mt 11,11).

O sentido do seu papel fizeram do Baptista uma figura sempre actual através dos séculos. Não se pode falar dele sem falar de Cristo, mas a Igreja não lembra nunca a vinda de Cristo sem lembrar do Precursor. O Precursor não está unido apenas à vinda de Cristo, mas também à sua obra, que anuncia: a redenção do mundo e sua reconstrução até a Parusia. João está sempre presente durante a liturgia de Advento. Na realidade, o seu exemplo deve permanecer constantemente diante dos olhos da Igreja. A Igreja, e cada um de nós nela, tem com missão preparar os caminhos do Senhor, anunciar a Boa Notícia. Mas recebê-la exige a conversão. Entrar em contacto com Cristo supõe o desprendimento de si mesmo. Sem esta ascese, Cristo pode estar no meio de nós sem ser reconhecido (Jo l, 26).
Como João, a Igreja e seus fiéis têm o dever que não cobrir a luz, mas de dar testemunho dela (Jo 1, 7). Lucas resume em uma frase toda a atividad de João: "Anunciava ao povo a Boa Notícia" (Lc 3, 18).

Maria: A figura da EsperançaTambém Maria, a criatura mais íntima do mistério central da nossa fé, a Santíssima Trindade, é indissociável, pela sua maternidade virginal de Deus Filho, do Advento. Ela, mais do que ninguém, soube o significado, pela sua total colaboração no plano salvífico de Deus, pela entrega a seu Filho, da vinda do Messias.
Maria está presente em todo o Advento. Neste tempo, contemplamos Maria como a mulher que disse sim à vontade de Deus. Um sim que lhe irrompeu do coração como um acto de fé e de entrega à palavra de Deus e como um compromisso de fidelidade até às última consequências. No Advento e a exemplo de Maria, nós, cristãos, renovamos o sim dado a Deus para, pela fé, acolhermos Jesus que nos vem salvar. É um tempo de dizer sim à palavra de Deus e de a pôr em prática, para pertencermos à família de Jesus.
“Aqueles que vivem com a Liturgia o espírito do Advento, ao considerar o inefável amor com que a Virgem Mãe esperou o Filho, sentir-se-ão incentivados a tomá-la como modelo e a preparar-se, vigilantes na oração e ... jubilosos no louvor, para ir ao encontro do Salvador que vem”.

A primeira vinda do Senhor realizou-se graças a ela. E, por isso, todas as gerações a chamamos Bem-aventurada. Hoje, que preparamos, a cada ano, uma nova vinda, os olhos da Igreja voltam-se para ela, para aprender, com estremecimento e humildade agradecida, como se espera e como se prepara a vinda do Emanuel: do Deus connosco. Mais ainda, para aprender também como se dá ao mundo o Salvador.
Sobre o papel da Virgem Maria na vinda do Senhor, a liturgia do Advento oferece-nos duas sínteses, nos prefácios II e IV.
A partir da segunda parte do Advento, a preponderância da Mãe Imaculada é tão grande, que ela aparece como o centro do Mistério preparado e iniciado. Assim as leituras evangélicas do IV Domingo, nos três ciclos, estão dedicadas a Maria. E nas missas próprias dos dias 17 a 24, correspondentes às antífonas do O, tudo gira ao redor dela. E com razão.
José: A figura da ConfiançaJosé foi o homem justo escolhido por Deus para ser o esposo de Maria e pai adoptivo de Jesus. A Escritura fala muito pouco dele. A presença de José no Advento convida-nos a reconhecer que Deus actua em nós e na história para além dos aspectos legais e das complicações humanas. Quando assomarem os conflitos e as dúvidas na nossa consciência, devemos refugiar-nos no Senhor e confiar na sua bondade. A santidade e a maturidade na fé não solucionam, de uma forma mágica, as angústias e vacilações do coração. Exigem que efectuemos um discernimento na oração e na escuta da Palavra. E virá o Anjo do Senhor.

Anjo Gabriel: A figura do MensageiroNo Advento, são-nos narradas duas intervenções do Anjo Gabriel: uma em Jerusalém, no templo, quando anuncia a Zacarias o nascimento de João Baptista; outra em Nazaré, quando faz a Maria a proposta de ser a mãe do Messias.

sábado, 26 de novembro de 2011

http://youtu.be/4qm4s33i6no 1º Domingo do Advento
ESTAMOS A COMEÇAR O TEMPO DO ADVENTO


AQUI FICA UMA CATEQUESE/FORMAÇÃO SOBRE ESTE TEMPO LITÚRGICO
1ª CATEQUESE/REFLEXÃO

O QUE É O ADVENTO?
Esta celebração festiva do mistério da Encarnação exige um tempo de preparação, que nos disponha a vivê-lo convenientemente: o Advento. Trata-se de um período curto de quatro Domingo, que começa no Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e prolonga-se até ao Natal (Normas sobre o Ano Litúrgico e o Calendário 40).
A palavra “advento” (do latim adventus) significa “vinda” ou “chegada”. Os romanos acreditavam que, uma vez por ano, as divindades vinham ao templo que lhes era dedicado; o termo “advento” servia para designar esse acontecimento. Mas o termo era usado igualmente para designar a visita do imperador a uma cidade. Compreende-se, pois, que na linguagem cristã a palavra tivesse sido adoptada para referir a “vinda de Cristo, o Senhor” no fim dos tempo (em grego parusia) e a sua vinda até nós, assumindo a nossa humanidade. O tempo do Advento é, assim, o tempo de preparação da vinda do Senhor: vinda na Encarnação (Natal), mas também a sua vinda gloriosa no final dos tempos (parusia). Trata-se, no fundo, de uma única realidade: a vinda histórica de Jesus, há dois mil anos, no seu nascimento, foi o começo da contínua vinda do Senhor, até ao fim dos tempos. Estas considerações estiveram na origem do tempo do Advento. Assim, segundo as Normas sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, “o Tempo do Advento tem dupla característica: é tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus aos homens; simultaneamente é tempo em que, comemorando esta primeira vinda, o nosso espírito se dirige para a expectativa da Segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por estes dois motivos, o Advento apresenta-se-nos como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (39).
Esta última indicação é importante: este não é um tempo penitencial, como a Quaresma. É tempo de sobriedade, mas é também “tempo de piedosa e alegre expectativa”. É claro que há um apelo contínuo à conversão, mas no sentido de nos prepararmos interiormente para a vinda do Senhor, que veio, vem e virá.
Como em todos os tempos litúrgicos, um elemento fundamental para perceber o seu sentido é a Palavra de Deus, as leituras que a liturgia nos propõe ao longo deste período. Ora, nos Domingos do Advento “as leituras do Evangelho têm uma característica própria: referem-se à vinda do Senhor no fim dos tempos (primeiro Domingo), a João Baptista (segundo e terceiro Domingo), aos acontecimentos que prepararam de perto o Nascimento do Senhor (quarto Domingo). As leituras do Antigo Testamento são profecias acerca do Messias e do tempo messiânico, tomadas principalmente do livro de Isaías. As leituras do Apóstolo apresentam exortações e proclamações de acordo com as diversas características deste tempo” (Ordenamento das Leituras da Missa 93).
Quanto aos dias feriais, há “duas séries de leituras, uma a utilizar desde o início até ao dia 16 de Dezembro, e a outra desde o dia 17 até ao dia 24” (Ordenamento das Leituras da Missa 94). Assim, é-nos proposta uma certa progressividade: “Na primeira parte do Advento, temos a leitura do livro de Isaías distribuída segundo a ordem do livro […] Os Evangelhos destes dias foram escolhidos tendo em conta a primeira leitura. A partir da quinta-feira da segunda semana, começam as leituras do Evangelho sobre João Baptista; a primeira leitura ou é a continuação do livro de Isaías, ou um texto escolhido em função do Evangelho. Na última semana antes do Natal do Senhor, apresentam-se os acontecimentos que prepararam de imediato o nascimento do Senhor, tomados do Evangelho de São Mateus (cap. 1) e de São Lucas (cap. 1). Para a primeira leitura, escolheram-se, tendo em conta o Evangelho do dia, textos do Antigo Testamento entre os quais se encontram alguns vaticínios messiânicos de grande importância” (Ordenamento das Leituras da Missa 94)
Três figuras principais emergem destas leituras como grandes figuras do Advento: o profeta Isaías, João Baptista e Maria. Isaías é o grande profeta da esperança messiânica. S. Jerónimo diria que Isaías era “o evangelista do Antigo Testamento”. Maria é o melhor modelo de vivência do Advento, precisamente por ter sido ela a viver de modo mais intenso o primeiro Advento. Na Anunciação, Maria manifesta toda a sua disponibilidade ao plano de Deus, mostra uma confiança total na Palavra de Deus, apesar de não compreender “como será”. Como refere a Constituição sobre a Igreja, Lumen Gentium, “com Maria passada a longa espera da promessa, cumprem-se os tempos e inaugura-se a nova economia da salvação” (55). O período do Advento e Tempo do Natal são os mais marianos de todo o ano litúrgico. João Baptista é uma das figuras marcantes do tempo de Advento: é o Precursor do Messias, o arauto da sua chegada, aquele que prepara os corações para acolher o Senhor que vem. Filho de uma estéril, o seu nascimento fora já sinal da chegada iminente dos tempos messiânicos. O momento alto da sua vida foi, contudo, o da realização da sua missão de Precursor, convidando no deserto à conversão e à espera vigilante, tal como testemunham os quatro evangelistas.
“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. A voz profética de João, o profeta no limiar do Antigo e do Novo Testamento, clama: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”. O apelo à conversão é o núcleo da sua mensagem, como será depois o início da pregação de Jesus. Não é possível acolher aquele que vem, sem um esforço real de conversão, sem essa mudança de mentalidade, de direcção. A vinda do Senhor está iminente. Não se pode perder tempo. Por isso, as palavras do Baptista aparecem marcadas pela urgência, pela intensidade, pela violência. A conversão é necessária hoje. É necessário produzir agora frutos de arrependimento e de verdadeira conversão, isto é, de mudança de direcção em todos os aspectos da vida que signifiquem afastamento de Deus, ou resistência à sua acção.
Pe. Carlos Cabecinhas
Começa hoje um novo ANO LITÚRGICO - Ano B

DE ONTEM A UM MÊS... É DIA DE NATAL

De ontem a 1 mês, celebraremos o Dia de Natal
Até ...lá, como viver este TEMPO?

Aqui ficam 12 PISTAS:
1º - Lembrar que as grandes FESTAS, se preparam atempada e convenientemente
2º - Temos o tempo do ADVENTO, para nos prepararmos para esta Festa.
3º - Essa Festa tem um motivo: O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO
4º - É tempo de PARAR, de REFLECTIR para melhor continuar 2012
5º - É tempo de Mudança e de CONVERSÃO
6º - É Tempo de PROXIMIDADE e de ACOLHIMENTO
7º - Em tempo de crise, remarmos contra o CONSUMISMO
8º - Em vez de dar COISAS aos familiares e amigos, DARMO-NOS A NÓS MESMOS
9º - Dar tempo para OUVIR, Dar tempo à FAMILIA, dar tempo a DEUS
10º - FAZER um gesto concreto de AMOR ao Próximo
11º - APROVEITAR o HOJE para melhorar o AMANHÃ
12º - CONSTRUIR a PAZ ao teu redor

E ASSIM SERÁ NATAL

sábado, 19 de novembro de 2011

SOLENIDADE DE CRISTO REI
Leitura do Evangelho segundo São Mateus (25, 31-46)
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do homem vier na sua glória com todos os seus Anjos, sentar-Se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino que vos está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; era peregrino e Me recolhestes; não tinha roupa e Me vestistes; estive doente e viestes visitar-Me; estava na prisão e fostes ver-Me’. Então os justos Lhe dirão: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome e Te demos de comer, ou com sede e Te demos de beber? Quando é que Te vimos peregrino e Te recolhemos, ou sem roupa e Te vestimos? Quando é que Te vimos doente ou na prisão e Te fomos ver?’. E o Rei lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes’. Dirá então aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Porque tive fome e não Me destes de comer; tive sede e não Me destes de beber; era peregrino e não Me recolhestes; estava sem roupa e não Me vestistes; estive doente e na prisão e não Me fostes visitar’. Então também eles Lhe hão-de perguntar: ‘Senhor, quando é que Te vimos com fome ou com sede, peregrino ou sem roupa, doente ou na prisão, e não Te prestámos assistência?’. E Ele lhes responderá: ‘Em verdade vos digo: Quantas vezes o deixastes de fazer a um dos meus irmãos mais pequeninos, também a Mim o deixastes de fazer’. Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna».

E no meu CORAÇÃO???? CRISTO é o REI???

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Natal ... é o próprio DEUS que se faz PRESENTE na vida da humanidade ... também nos mais pobres ( o que fizerdes aos mais pequenos/pobres é a MIM que o fazeis...)
Campanha da Fundação Fé e Cooperação privilegia necessidades de «educação, saúde, alimentação e apoio social

terça-feira, 1 de novembro de 2011

 
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12a.

Naquele tempo, ao ver as multidões, Jesus subiu a um monte. Depois de se ter sentado, os discípulos aproximaram-se dele.
Então tomou a palavra e começou a ensiná-los, dizendo:
«Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque possuirão a terra.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
Felizes os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque grande será a vossa recompensa no Céu; pois também assim perseguiram os profetas que vos precederam.»


«Hoje é dia de todos os santos: dos que têm auréola
e dos que não foram canonizados.
Dia de todos os santos: daqueles que viveram, serenos
e brandos, sem darem nas vistas e que no fim
dos tempos hão-de seguir o Cordeiro.
Hoje é dia de todos os Santos: santos barbeiros e
santos cozinheiros, jogadores de football e porque
não? comerciantes, mercadores, caldeireiros e arrumadores (porque não arrumadoras? se até
é mais frequente que sejam elas a encaminhar o espectador?)
Ao longo dos séculos, no silêncio da noite e à
claridade do dia foram tuas testemunhas; disseram sim/sim e não/não; gastaram palavras,
poucas, em rodeios, divagações. Foram teus
imitadores e na transparência dos seus gestos a
Tua imagem se divisava. Empreendedores e bravos
ou tímidos e mansos, traziam-te no coração,
Olharam o mundo com amor e os
homens como irmãos.
Do chão que pisavam
rebentava a esperança de um futuro de justiça e de salvação
e o seu presente era já quase só amor.
Cortejo inumerável de homens e mulheres que Te
seguiram e contigo conviveram, de modo admirável:
com os que tinham fome partilharam o seu pão
olharam compadecidos as dores do
mundo e sofreram perseguição por causa da Justiça
Foram limpos de coração e por isso
dos seus olhos jorrou pureza e dos seus lábios
brotaram palavras de consolação.
Amaram-Te e amaram o mundo.
Cantaram os teus louvores e a beleza da Criação.
E choraram as dores dos que desesperam.
Tiveram gestos de indignação e palavras proféticas
que rasgavam horizontes límpidos.
Estes são os que seguem o Cordeiro
porque te conheceram e reconheceram e de ti receberam
o dom de anunciar ao mundo a justiça e a salvação»
Maria de Lourdes Belchior




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

 “A missão universal envolve todos, tudo e sempre”.

"O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu mas é um dom a partilhar. (…) Este dom - empenho está confiado não só a algumas pessoas, mas a todos os batizados."

“A atenção e a cooperação na obra evangelizadora da Igreja no mundo não podem ser limitadas a alguns momentos ou ocasiões particulares (…) É importante que tanto cada batizado como as estruturas eclesiais se interessem pela missão (…) de maneira constante, como forma de vida cristã.”

in: Mensagem para o Dia Missionário Mundial - 23 de Outubro de 2011





 
“O mundo de hoje precisa de gente que anuncie que Cristo nos ensina a arte de viver, o caminho da verdadeira felicidade, porque é Ele mesmo o caminho da vida; pessoas que olhem fixamente para Jesus, o Filho de Deus. A palavra do anúncio deve ter uma relação intensa com Ele, numa intensa vida de oração.”

“Sejam sinais de esperança, capazes de olhar para o futuro com a segurança do Senhor, que venceu a morte e nos deu a vida eterna. Comuniquem a todos a alegria da fé com o entusiasmo que provém do Espírito Santo, porque Ele torna novas todas as coisas.”

Papa Bento XVI (aos novos evangelizadores - 18/10/2011)