Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















quinta-feira, 11 de novembro de 2010

S. Martinho ensina-nos a partilhar...

São Martinho: mais que castanhas e água-pé
A Igreja recorda hoje, 11 de Novembro, São Martinho, Bispo de Tours, um dos santos mais célebres e venerados da Europa.
Tendo nascido numa família pagã na Panónia, actual Hungria, por volta de 316, foi orientado pelo pai para a carreira militar. Ainda adolescente, Martinho encontrou o Cristianismo e, superando muitas dificuldades, inscreveu-se entre os catecúmenos para se preparar para o Baptismo. Recebeu o sacramento por volta dos vinte anos, mas teve que permanecer ainda por muito tempo no exército, onde deu testemunho do seu novo género de vida: respeitador e compreensivo para com todos, tratava o seu criado como um irmão, e evitava as diversões vulgares.
Tendo-se despedido do serviço militar, foi a Poitiers, na França, junto do santo Bispo Hilário. Por ele ordenado diácono e presbítero, escolheu a vida monástica e deu origem, com alguns discípulos, ao mais antigo mosteiro conhecido na Europa, em Ligugé. Cerca de dez anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem pastor, aclamaram-no seu bispo. Desde então Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero.
Mesmo sendo-lhe atribuídos muitos milagres, São Martinho é famoso sobretudo por um acto de caridade fraterna. Quando era ainda jovem soldado, encontrou na estrada um pobre entorpecido e trémulo de frio. Pegou no seu manto e, cortando-o em dois com a espada, deu metade àquele homem. Nessa noite apareceu-lhe Jesus em sonho, sorridente, envolvido naquele mesmo manto.
Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, sinal supremo do amor de Deus (...) É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo.
Ajude-nos São Martinho a compreender que só através de um compromisso comum de partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isto pode acontecer se prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.
 Bento XVI ( 11.11.2007)



in: Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura ( o sublinhado é meu...parece-me muito urgente e requer o contributo de cada um de nós!)

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