Convite


" A Igreja convida-nos a aprender de Maria (...) a contemplar o projecto de amor do pai pela humanidade, para amá-la como Ele a ama."



Mensagem Bento XVI, Dia Mundial das Missões 2010
















sábado, 22 de janeiro de 2011

Este texto faz parte dos materiais distribuídos pela Comissão Fé e Constituição, do Conselho Ecuménico das Igrejas e pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos. A base do texto foi redigida por uma equipa de representantes ecuménicos de Jerusalém.

5º Dia do Oitavário pela Unidade dos Cristãos - 22/01: Partindo o pão na esperança


Êxodo 16, 13b- 21a: É o pão que o Senhor vos dá para comer
Salmo 116, 12-14.16-18: Eu te oferecerei um sacrifício de louvor
1 Coríntios 11, 17-18.23-26:Fazei isto em memória de mim
João 6, 53-58: Este é o pão que desceu do céu


ComentárioDa primeira Igreja de Jerusalém até agora, a "fracção do pão" tem sido um acto central para os cristãos. Para os cristãos de Jerusalém hoje, a partilha do pão é sinal tradicional de amizade, perdão e compromisso com o outro. Somos desafiados, nessa fracção do pão, a buscar uma unidade que possa falar profeticamente a um mundo marcado por divisões. Esse é o mundo pelo qual, de diferentes maneiras, fomos moldados. Na fracção do pão os cristãos são formados de novo pela mensagem profética de esperança para toda a humanidade.
Hoje nós também partimos o pão com coração alegre e generoso; mas também experimentamos, a cada celebração da Eucaristia, uma dolorosa lembrança de nossa desunião. Neste quinto dia da Semana de Oração, os cristãos de Jerusalém reúnem-se na sala superior, o lugar da Última Ceia. Aqui partem o pão em esperança. Aprendemos essa esperança nas maneiras como Deus chega a nós nas agruras dos nossos desgostos. O Êxodo conta como Deus responde aos murmúrios do povo que ele havia libertado, fornecendo-lhes o que precisavam - não mais e não menos. O maná no deserto é um presente de Deus, não para ser acumulado, nem mesmo completamente compreendido. É, como nosso salmo celebra, um momento que pede simplesmente ação de graças - porque Deus "abriu os grilhões".
O que São Paulo reconhece é que partir o pão não significa apenas celebrar a Eucaristia, mas ser um povo eucarístico - tornar-se corpo de Cristo no mundo. Essa breve leitura permanece, em seu contexto (1 Cor 10-11), como um lembrete de como a comunidade cristã deve viver: na comunhão em Cristo, produzindo conduta correta num difícil contexto mundano, guiada pela realidade de nossa vida nele. Vivemos "em memória dele".
Sendo povo da fracção do pão, somos povo da vida eterna - vida em plenitude - como nos ensina a leitura de São João. A celebração da Eucaristia desafia-nos a reflectir sobre como tão abundante dom de vida se expressa no dia a dia, enquanto vivemos na esperança, bem como nas dificuldades. Apesar dos desafios diários dos cristãos de Jerusalém, eles testemunham como é possível alegrar-se na esperança.

 Encontro ecuménico de Assis 1986


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